Portugal paga 2000 milhões a credores europeus até final do ano
Saldada que está a dívida com o FMI, Finanças avançam com o pagamento antecipado aos restantes credores da troika
Portugal vai pagar antecipadamente aos credores europeus 2000 milhões de euros de dívida da troika até ao final do ano, depois de já ter pago tudo ao FMI, disse hoje à Lusa o ministro das Finanças, Mário Centeno.
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Portugal vai pagar antecipadamente aos credores europeus 2000 milhões de euros de dívida da troika até ao final do ano, depois de já ter pago tudo ao FMI, disse hoje à Lusa o ministro das Finanças, Mário Centeno.
“Já está em curso um processo de início de pagamento antecipado aos credores europeus” da dívida contraída por Portugal no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), entre 2011 e 2014, junto do Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu (conhecidos como troika), disse hoje à Lusa o ministro das Finanças.
“Esperamos que até ao fim do ano ocorra o primeiro [pagamento antecipado], expectavelmente entre o final do terceiro trimestre e o princípio do quarto trimestre, será um pagamento na ordem dos 2000 milhões de euros, e esse pagamento trará poupanças superiores a 100 milhões de euros em juros adicionais para Portugal nos próximos anos”, explicou Mário Centeno.
O também presidente do Eurogrupo lembrou que “a dívida ao Fundo Monetário Internacional foi totalmente paga”, e afirmou que o pagamento antecipado “é possível apenas por todo este trajeto e processo de redução de taxas de juro, de diferenciais de taxa de juro, que Portugal hoje tem”.
Em 10 de Dezembro de 2018, o ministro das Finanças anunciou que Portugal concretizou o pagamento do total da dívida ao FMI, com a liquidação de 4,7 mil milhões de euros.
O total do empréstimo ao FMI ascendeu a 26,3 mil milhões de euros, estando os restantes 52 mil milhões divididos entre o Fundo Europeu de Estabilização Financeira e do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira.
Foi em 17 de Maio de 2014 que terminou o programa de ajustamento português, assinalando a saída da troika do país, constituída por elementos da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI.
Portugal pediu assistência financeira em 6 de Abril de 2011, com José Sócrates como primeiro-ministro. Um mês depois, em 5 de Maio, a troika apresentou o programa de assistência financeira a Portugal, no valor de 78 mil milhões de euros.