Vou voar com o meu animal de estimação. O que preciso de saber?

Se vais viajar de avião e estás a pensar levar o teu animal de estimação, há algumas coisas que deves saber para evitar imprevistos, complicações ou desaparecimentos.

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Quem tem animais de estimação e vê notícias como a do desaparecimento de Ayhuasca, a gata que se perdeu no aeroporto de Lisboa e ainda não foi encontrada, estará neste momento a perguntar-se o que deve fazer para evitar que o mesmo aconteça consigo. Se vais voar e queres levar o teu animal de companhia, estas são algumas coisas básicas que precisas de saber. 

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Quem tem animais de estimação e vê notícias como a do desaparecimento de Ayhuasca, a gata que se perdeu no aeroporto de Lisboa e ainda não foi encontrada, estará neste momento a perguntar-se o que deve fazer para evitar que o mesmo aconteça consigo. Se vais voar e queres levar o teu animal de companhia, estas são algumas coisas básicas que precisas de saber. 

Posso viajar com o meu animal de companhia?

A resposta varia consoante a companhia aérea: a EasyJet e a Ryanair, por exemplo, não permitem animais de estimação a bordo, à excepção de cães-guia. Na Sata é permitido viajar com cães (há limitações a nível da raça), gatos, furões, hamsters, porquinhos-da-Índia, chinchilas, peixes, periquitos ou canários (estes dois últimos apenas podem viajar no porão). Outras companhias, como a Air Europa, British Airways, Iberia, Lufthansa ou Tap, para além de cães e gatos, permitem o transporte de diversos animais, entre os quais, pássaros, tartarugas e peixes. Mas há que estar atento: no caso da Sata, para viajar com animais que não cães e gatos é necessário obter uma autorização da Direcção Geral da Alimentação e Veterinária e documentação sanitária específica, emitida nos cinco dias que antecedem a data de partida.

Que documentos devo levar?

De acordo com a ANA - Aeroportos de Portugal, além do bilhete — que depende de uma confirmação por parte da companhia, uma vez que os lugares para animais são limitados —, é imprescindível levar o passaporte do animal, preenchido por um veterinário, e o Boletim Sanitário, que deve comprovar que as vacinas estão em dia. O animal deve ainda ter chip de identificação. Alguns países, como o Reino Unido e a Irlanda, exigem condições sanitárias adicionais: é, por isso, aconselhável consultar as regras dos países de partida e destino, bem como da companhia aérea em que se vai viajar. Isto é particularmente importante quando não se viaja com cães e gatos, mas sim com aves, répteis, roedores, peixes, entre outros.

Que cuidados devo ter com o meu cão ou gato antes de o colocar num avião?

Além de preparar todos os documentos para que nada corra mal, é necessário preparar o animal antes da viagem. No caso de um cão ou de um gato, por exemplo, é fundamental treiná-lo na caixa onde vai ser transportado: forrar o fundo com material absorvente pode ajudar a torná-la mais confortável e olear ajuda a neutralizar odores; deixar no interior um brinquedo pode deixar o animal mais à vontade. E, claro, certificar-se que a caixa está bem fechada antes de embarcar. No dia do voo, o animal deve fazer uma refeição leve e estar hidratado. Sedar? Só se o veterinário recomendar. Outros animais podem exigir outro tipo de cuidados.

Onde viajam os animais?

Depende. Cada companhia aérea tem limitações específicas sobre o peso e dimensão, mas é possível que o animal possa viajar na cabine, junto a ti. A Tap, por exemplo, só cães e gatos podem viajar na cabine, sendo que para ser colocada debaixo do assento a caixa de transporte não pode ultrapassar 40 centímetros de comprimento, 33 de largura e 17 de altura e oito quilos de peso; caso contrário, terá que ir no porão. Estas regras variam consoante a companhia aérea.

Ainda na Tap, no caso do porão, o peso do animal dentro da caixa não pode ultrapassar os 45 quilos para a maioria dos destinos. O porão é iluminado e os níveis de pressão de ar são iguais aos da cabine. As temperaturas normalmente variam entre os 7 e os 18 graus Celsius, um ambiente seguro para transportar animais. A caixa onde os animais viajam é presa por cordas e cintos.

O melhor conselho

Uma vez que o transporte de animais depende da confirmação da companhia aérea, é aconselhável que a reserva seja feita com a maior antecedência possível. Mais ainda, deve ser sempre feita uma consulta ao regulamento da companhia aérea em questão, uma vez que as regras são diferentes e rigorosas.