Investimento de 3,5 milhões cria em Peniche parque para empresas ligadas ao mar
Vai ser uma infra-estrutura tecnológica para empresas que se foquem na economia do mar e deverá começar a ser construída em 2020 no centro de Peniche junto ao edifício Cetemares do Instituto Politécnico de Leiria.
Um Parque de Ciência e Tecnologia do Mar virado para o acolhimento de empresas na área da investigação e da economia do mar vai ser construído em Peniche, num investimento superior a 3,5 milhões de euros. Denominado SmartOcean, este parque será “um projecto estruturante que promoverá a transferência de conhecimento para o tecido empresarial e a inovação de base tecnológica”, divulgou esta segunda-feira o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), promotor da iniciativa em parceria com a Câmara de Peniche, a Docapesca e o Biocant, um parque de biotecnologia em Cantanhede.
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Um Parque de Ciência e Tecnologia do Mar virado para o acolhimento de empresas na área da investigação e da economia do mar vai ser construído em Peniche, num investimento superior a 3,5 milhões de euros. Denominado SmartOcean, este parque será “um projecto estruturante que promoverá a transferência de conhecimento para o tecido empresarial e a inovação de base tecnológica”, divulgou esta segunda-feira o Instituto Politécnico de Leiria (IPL), promotor da iniciativa em parceria com a Câmara de Peniche, a Docapesca e o Biocant, um parque de biotecnologia em Cantanhede.
A infra-estrutura tecnológica de acolhimento empresarial focada na economia do mar deverá começar a ser construída em 2020, numa zona com 1500 metros quadrados, junto ao edifício Cetemares, na zona central da cidade de Peniche, no distrito de Leiria.
O projecto foi desenhado para “servir de interface entre os sistemas empresarial e científico” e, segundo o IPL, “será dotado de condições de excelência, em termos físicos e em equipamentos tecnológicos”.
Apresentado publicamente em Peniche, na quinta-feira, durante uma visita da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, o projecto pretende, segundo o coordenador científico, Sérgio Leandro, “captar e reter talentos na região para a região”, estimulando a incubação de empresas no âmbito da aquacultura, biotecnologia, inovação alimentar, turismo costeiro e tecnologias de informação, comunicação e electrónica (TICE).
“O mar não é só fonte de pescado e a economia do mar deve ser baseada no conhecimento e na inovação, com respeito pelos recursos limitados dos oceanos, numa estreita ligação à investigação e ao desenvolvimento socioeconómico”, explicou Sérgio Leandro, vincando o objectivo de, no futuro, o SmartOcean “contribuir para a mudança de paradigma empresarial das comunidades costeiras”.
O parque tecnológico representa um investimento superior a 3,5 milhões de euros, financiado através de fundos comunitários do programa MAR2020 e de fundos próprios da associação que o irá gerir.
Em comunicado, o IPL divulgou esta segunda-feira que o SmartOcean permitirá criar uma relação simbiótica entre o território de Peniche, com uma forte vocação e tradição marítima, a formação superior nas áreas do turismo e ciência e tecnologias do mar, ministrada na Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM), e da infra-estrutura científica do Politécnico de Leiria dedicada ao mar, o Cetemares, ambos localizados em Peniche.
Dirigido a empreendedores, investigadores e empresários que “pretendam tirar vantagem deste ecossistema de inovação”, o parque recebeu já manifestações de interesse de empresas como a Bitcliq (na área das tecnologia da informação comunicação e TICE), a SEAentia e a Flying Sharks (ambas na área da aquacultura), a I&D Food (inovação alimentar/biotecnologia), a Professional Fish Keepers (aquacultura ornamental), a Bluegrowth (consultoria), a Domatica (internet das coisas), a Youseame (turismo náutico) e o Ocean Tech HUB.