CDS fecha processo de listas de deputados às legislativas
Quotas distritais de candidatos foram aprovadas nesta madrugada no conselho nacional do partido.
O conselho nacional do CDS-PP aprovou nesta sexta-feira de madrugada, por 83% dos votos, as quotas distritais de candidatos a deputados nas legislativas de Outubro. As quotas foram aprovadas com 103 votos a favor, 15 contra e seis votos brancos.
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O conselho nacional do CDS-PP aprovou nesta sexta-feira de madrugada, por 83% dos votos, as quotas distritais de candidatos a deputados nas legislativas de Outubro. As quotas foram aprovadas com 103 votos a favor, 15 contra e seis votos brancos.
Os primeiros candidatos da quota nacional da direcção de Assunção Cristas, os elegíveis, já estavam escolhidos desde o dia 5 de Abril. Com esta votação em conselho nacional, o CDS encerrou o processo das listas de candidatos à Assembleia da República. Em Abril foram aprovados com 80% dos votos favoráveis, 14 contra, seis nulos e um branco, os cabeças de lista propostos pela líder, também numa reunião do conselho nacional, órgão mais importante entre congressos, em Lisboa.
Além dos cabeças-de-lista, a quota nacional inclui os primeiros candidatos nos dois maiores círculos (Lisboa e Porto). Estatutariamente, e por uma questão de autonomia, Açores e Madeira escolhem os seus candidatos.
O resto da composição das listas cabe às distritais do partido, aprovadas também em conselho nacional.
Segundo dirigentes presentes na reunião, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento-CDS (TEM), criticou no seu discurso a estratégia da direcção de Assunção Cristas, que acusou de “excluir, rejeitar e impor, por exemplo, no processo de formação das listas de candidatos a deputados às eleições de 6 de Outubro, em vez de seguir uma estratégia de unidade”.
O democrata-cristão queixou-se de a Tendência Esperança em Movimento-CDS não ter sido ouvida neste processo, apontou as divisões internas criadas com as listas e criticou a falta de bandeiras eleitorais do partido e a forma como Cristas tem baixado as fasquias eleitorais dos centristas para as eleições.
Por fim, Abel Matos Santos responsabilizou a presidente do partido, a direcção nacional pelos resultados das eleições legislativas de Outubro.
O CDS terá duas mulheres a liderar a lista nos dois maiores círculos, Assunção Cristas, presidente do partido, em Lisboa e a sua vice-presidente, Cecília Meireles, será número um no Porto. O líder da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, ocupa a segunda posição na lista do Porto. Em Lisboa, o segundo lugar é ocupado pela actual deputada e directora da campanha Ana Rita Bessa, seguida pelo vereador da Câmara de Lisboa e alto-comissário contra o Desperdício Alimentar, João Gonçalves Pereira. Em quarto lugar está Pedro Morais Soares, o secretário-geral do CDS, que é seguido pela actual deputada Isabel Galriça Neto. Em sexto lugar está o estreante Sebastião Bugalho.
Desta vez, Assunção Cristas trocou o círculo eleitoral de Leiria, por onde foi candidata noutras eleições, inclusive quando o CDS concorreu em coligação com o PSD, optando por Lisboa. A lista em Leiria será encabeçada por outra mulher, a ex-jornalista da Rádio Renascença Raquel Abecasis (independente), que já fora candidata do partido à freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, nas autárquicas.
Nas legislativas de Outubro de 2015, com Paulo Portas na liderança do partido, o CDS concorreu em coligação com o PSD, tendo os dois partidos alcançado 36,8% dos votos. Os centristas elegeram 18 deputados.
Em 2011, os centristas conseguiram 11,7% dos votos e elegeram 24 deputados, tendo depois formado uma aliança com o PSD, de Pedro Passos Coelho, que venceu as eleições.