Maioria parlamentar de Boris reduzida a um deputado
É a primeira derrota eleitoral do novo primeiro-ministro britânico. Candidata liberal-democrata e pró-UE derrotou o candidato conservador em eleição intercalar.
O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sofreu a primeira derrota eleitoral, ao ver o candidato do Partido Conservador ser derrotado nas eleições intercalares de Brecon e Radnorshire, no País de Gales pela liberal-democrata e pró-UE Jane Dodd. Desta forma, a maioria tory no Parlamento ficou reduzida a apenas um deputado.
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O novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sofreu a primeira derrota eleitoral, ao ver o candidato do Partido Conservador ser derrotado nas eleições intercalares de Brecon e Radnorshire, no País de Gales pela liberal-democrata e pró-UE Jane Dodd. Desta forma, a maioria tory no Parlamento ficou reduzida a apenas um deputado.
Em Brecon e Radnorshire, 52% dos eleitores votaram a favor do “Brexit” no referendo de 2016, apenas um ponto percentual a menos que no conjunto do País de Gales.
“A maioria cada vez mais reduzida de Boris Johnson torna claro que ele não tem um mandato para nos levar para fora da UE”, afirmou a líder dos Liberais Democratas, Jo Swinson, cujo partido tem agora 13 deputados, e ao qual as sondagens mostram uma subida nas simpatias dos eleitores. “Farei o que for necessário para para travar o ‘Brexit’ e oferecer uma visão alternativa”, prometeu.
Este resultado torna mais difícil para o Governo de Johnson aprovar leis e ganhar votações no Parlamento, com o “Brexit” no calendário para daqui a três meses.Recentemente, a maioria parlamentar dos Conservadores tinha ficado reduzida a dois deputados devido à exclusão do deputado Charlie Elphicke por alegado assédio sexual, o que poderá ser crucial não só no processo do “Brexit”, mas também se o Governo enfrentar uma moção de censura, como ameaçou o Partido Trabalhista.
Boris Johnson afirmou já que o Reino Unido sairá da UE em 31 de Outubro, com ou sem acordo. No passado, o Parlamento britânico rejeitou no passado um “Brexit” sem acordo, o que se poderá repetir na próxima votação no Outono.