CGD avisou Governo em 2016 que protocolo com Berardo fragilizava banco
O protocolo fechado pelo Governo de António Costa com o investidor fez soar os alarmes na Caixa, que escreveu às Finanças a lamentar que os credores não tivessem sido consultados, avisando que ia ter de reconhecer perdas.
No final de 2016, após ter tomado conhecimento através da comunicação social de que o Governo chefiado por António Costa e o investidor José Berardo tinham chegado a acordo sobre a continuidade da colecção de obras de arte no Centro Cultural de Belém, com renovações automáticas a partir de 2022, a CGD escreveu à tutela para a alertar para as implicações que a decisão ia ter na relação comercial com o cliente. Isto, tendo em conta que o Governo prorrogou prazos e alterou clausulados do protocolo, sem consultar os credores, sendo um dos maiores o banco público, cujas garantias entregues pelo devedor assentavam (e assentam) sobre a Associação Colecção Berardo (ACB), o alvo da renegociação.
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No final de 2016, após ter tomado conhecimento através da comunicação social de que o Governo chefiado por António Costa e o investidor José Berardo tinham chegado a acordo sobre a continuidade da colecção de obras de arte no Centro Cultural de Belém, com renovações automáticas a partir de 2022, a CGD escreveu à tutela para a alertar para as implicações que a decisão ia ter na relação comercial com o cliente. Isto, tendo em conta que o Governo prorrogou prazos e alterou clausulados do protocolo, sem consultar os credores, sendo um dos maiores o banco público, cujas garantias entregues pelo devedor assentavam (e assentam) sobre a Associação Colecção Berardo (ACB), o alvo da renegociação.