Detido suspeito de matar Ester, a 17.ª vítima de violência doméstica deste ano

O homem, de 39 anos, é acusado da prática de “um crime de homicídio qualificado e de profanação de cadáver”.

Foto
Daniel Rocha/ARQUIVO

A Polícia Judiciária deteve, esta terça-feira, no concelho da Calheta, na Madeira, o suspeito do assassinato de Ester Cabral, a 17.ª vítima mortal de violência doméstica deste ano.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Polícia Judiciária deteve, esta terça-feira, no concelho da Calheta, na Madeira, o suspeito do assassinato de Ester Cabral, a 17.ª vítima mortal de violência doméstica deste ano.

Em comunicado, a PJ explica que deteve, através do Departamento de Investigação Criminal do Funchal, “fora de flagrante delito”, “um homem de 39 anos de idade, fortemente indiciado pela prática de um crime de homicídio qualificado e de profanação de cadáver”. A vítima é uma mulher, de 53 anos de idade, com quem o suspeito era casado. A mulher “terá sido morta com vários golpes violentos desferidos essencialmente na zona da cabeça, em contexto de violência doméstica”, acrescenta o comunicado.

Na noite de domingo, a vítima foi assassinada na residência onde o casal vivia, na freguesia do Jardim do Mar, concelho da Calheta. Segundo o comandante da corporação dos bombeiros voluntários da localidade, o alerta foi dado pelo irmão da mulher, pouco depois da 1h da manhã.

“Quando chegámos, já era cadáver, já não havia nada a fazer”, indicou o comandante. De acordo com o Correio da Manhã, a mulher assassinada, Ester Cabral,​ tinha três filhos e um neto.

Após o crime, o suspeito colocou-se em fuga, tendo sido depois localizado e detido pela PSP da Calheta, que transferiu o caso para a Polícia Judiciária. O detido foi apresentado para primeiro interrogatório judicial esta terça-feira, tendo-lhe sido aplicada a medida de coacção de prisão preventiva.

Com este caso, o número de mulheres mortas em contexto de violência doméstica chegou aos 17, segundo a contabilidade feita pelo PÚBLICO com base nas notícias publicadas sobre o tema. O número exclui um homem e uma criança que morreram igualmente vítimas de violência doméstica em 2019.