Rodrigo Gonçalves recusou convite para ser 12.º pela lista de Lisboa do PSD

Ex-líder interino do PSD-Lisboa diz que o 12.º lugar não era “compatível” com o apoio que deu a Rio. Que agora acusa de seguir uma “estratégia de exclusão”.

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Rodrigo Gonçalves em 2017, com Morais Sarmento e Pedro Roseta Margarida Basto

O antigo líder da concelhia de Lisboa do PSD Rodrigo Gonçalves disse nesta terça-feira à Lusa que recusou ser o 12.º na lista pela capital, considerando “não ser um lugar compatível” com o apoio que deu ao presidente, Rui Rio.

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O antigo líder da concelhia de Lisboa do PSD Rodrigo Gonçalves disse nesta terça-feira à Lusa que recusou ser o 12.º na lista pela capital, considerando “não ser um lugar compatível” com o apoio que deu ao presidente, Rui Rio.

Questionado pela Lusa sobre as notícias que davam conta da possibilidade de ser candidato a deputado por Lisboa, Rodrigo Gonçalves confirmou o convite por parte da direcção do PSD, mas afirmou ter recusado.

“Recusei o 12.º lugar. Não me revejo na estratégia de exclusão que está a ser levada a cabo pela direcção nacional. O partido ou muda de vida e começa a unir mesmo os que têm posições diferentes ou então dificilmente ganharemos eleições”, disse. Ainda assim, Rodrigo Gonçalves assegurou que “estará na linha da frente a defender o PSD” nas próximas eleições legislativas.

Questionado por que recusou o convite, o ex-colaborador de Rui Rio na comunicação do partido considera que o 12.º lugar não seria compatível com o apoio que deu ao projecto do presidente do PSD. “Não é um lugar compatível com o que eu acho que mereço pela entrega, contributo e dedicação ao projecto político de Rui Rio”, declarou.

Rodrigo Gonçalves demitiu-se em Maio de consultor da direcção de Rui Rio, na sequência de uma notícia do Diário de Notícias que o associavam a perfis falsos nas redes sociais. Na altura, contrapôs que não tinha “nenhuma ligação” com as contas falsas, mas demitiu-se para não afectar o bom nome do partido.

Em 2015, Rodrigo Gonçalves foi condenado em tribunal por agressão seis anos antes a um elemento do PSD e presidente da Junta de Freguesia de Benfica. Como o PÚBLICO avançou nesta terça-feira, a sua inclusão em posição elegível também estava a ser contestada no PSD-Lisboa.