O local onde me encontro a escrever esta crónica foi, em tempos, a eira da aldeia onde há mais de 80 anos o meu avô olhou um dia para o alto e viu no céu uma forma arredondada e branca que identificou logo corretamente, como sendo um zeppelin, ou dirigível — a que na aldeia se chamaria mais tarde “zorplim”. Chamou alguns dos oito filhos que viria a ter para admirarem aquela maravilha da técnica e explicou-lhes que aquele aparelho voador vinha da Alemanha, ia para a América, e que um já tinha ardido no ar e outro caído no mar.
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O local onde me encontro a escrever esta crónica foi, em tempos, a eira da aldeia onde há mais de 80 anos o meu avô olhou um dia para o alto e viu no céu uma forma arredondada e branca que identificou logo corretamente, como sendo um zeppelin, ou dirigível — a que na aldeia se chamaria mais tarde “zorplim”. Chamou alguns dos oito filhos que viria a ter para admirarem aquela maravilha da técnica e explicou-lhes que aquele aparelho voador vinha da Alemanha, ia para a América, e que um já tinha ardido no ar e outro caído no mar.