Em Safari, as obras de Pedro Henriques não são domáveis

Em Safari, na Galeria Zé dos Bois, Pedro Henriques mostra trabalhos novos que, entre a escultura e o desenho, o grafismo e a apropriação de objectos banais, diluem fronteiras e categorias. Com humor e confusão, insegurança e prazer, num desejo não consumado de figuração.

Foto
Miguel Manso

Em Safari de Pedro Henriques, na Galeria Zé dos Bois, o olhar saltita de desenhos para esculturas, de esculturas para desenhos, num ritmo conduzido por cores, formas, contornos sinuosos e volúveis. Passo a passo, o visitante vai-se deparando com coisas que não são, exactamente, bidimensionais ou tridimensionais. Serão, a título provisório, desenhos esculpidos sobre a madeira, que ameaçam flutuar no espaço, perder a gravidade. Sim, há nesta exposição, comissariada por Natxo Checa, uma atmosfera reminiscente do imaginário de ficção científica que só os desenhos a tinta china fazem descer à terra. Mas até eles, com o seu grafismo esquivo, tornam incerta esse segurança.

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Em Safari de Pedro Henriques, na Galeria Zé dos Bois, o olhar saltita de desenhos para esculturas, de esculturas para desenhos, num ritmo conduzido por cores, formas, contornos sinuosos e volúveis. Passo a passo, o visitante vai-se deparando com coisas que não são, exactamente, bidimensionais ou tridimensionais. Serão, a título provisório, desenhos esculpidos sobre a madeira, que ameaçam flutuar no espaço, perder a gravidade. Sim, há nesta exposição, comissariada por Natxo Checa, uma atmosfera reminiscente do imaginário de ficção científica que só os desenhos a tinta china fazem descer à terra. Mas até eles, com o seu grafismo esquivo, tornam incerta esse segurança.