E de repente, a imaginária literatura dos zulus – coisa tão inexistente como as narrativas míticas na cultura erudita da Europa iluminista – reaparece como um zombie, subtraído por João Miguel Tavares ao eterno descanso a que tinha direito, para servir de prova de que há culturas superiores e inferiores. “Não é por acaso que não foi um zulu a escrever Romeu e Julieta”, disse ele, na sua primeira invocação do povo zulu, à qual se seguiu uma réplica: “De facto, a literatura zulu é inferior à literatura britânica”.
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E de repente, a imaginária literatura dos zulus – coisa tão inexistente como as narrativas míticas na cultura erudita da Europa iluminista – reaparece como um zombie, subtraído por João Miguel Tavares ao eterno descanso a que tinha direito, para servir de prova de que há culturas superiores e inferiores. “Não é por acaso que não foi um zulu a escrever Romeu e Julieta”, disse ele, na sua primeira invocação do povo zulu, à qual se seguiu uma réplica: “De facto, a literatura zulu é inferior à literatura britânica”.