Costa afirma que PS parte para as eleições com “o desassossego da vontade”
Líder socialista defendeu que o seu Governo cumpriu todos os compromissos a que se propôs nesta legislatura.
O secretário-geral socialista afirmou nesta quinta-feira que o PS parte para as eleições legislativas não apenas para prestar contas, mas com o desassossego da vontade de fazer mais e melhor, tendo programa e equipa para o executar.
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O secretário-geral socialista afirmou nesta quinta-feira que o PS parte para as eleições legislativas não apenas para prestar contas, mas com o desassossego da vontade de fazer mais e melhor, tendo programa e equipa para o executar.
António Costa assumiu esta posição na sessão de apresentação dos cabeças de lista do PS às próximas eleições, que decorreu no Palácio Galveias, em Lisboa, após breves intervenções do professor universitário e deputado Alexandre Quintanilha, “número um” pelo círculo do Porto, e da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que vai encabeçar a lista pela Guarda.
Num breve discurso, o líder socialista defendeu que o seu Governo cumpriu todos os compromissos a que se propôs nesta legislatura, mas não parte para as eleições legislativas “só para prestar contas do que foi feito”.
“Estamos aqui para fazer mais e para podermos fazer melhor. Ao fim destes quatro anos, acompanha-nos também o desassossego da vontade de fazer mais, de responder a novos desafios, que são desafios urgentes, como o desafio das alterações climáticas, o demográfico, das desigualdades e de adaptação às novas tecnologias da sociedade digital”, enumerou.
Para António Costa, o PS pretende dar resposta aos objectivos de “dar força” à democracia portuguesa, “com contas certas, valorizando as funções de soberania e investindo cada vez mais na qualidade dos serviços públicos”. “É com esta vontade e ambição que nós nos apresentamos de consciência e com a vontade desassossegada de fazermos ainda mais e melhor na próxima legislatura. Temos um programa e uma equipa para o executar. Podemos dizer que estamos prontos”, defendeu.
Na sua intervenção, António Costa deixou uma referência aos deputados que não se recandidatam na próxima legislatura, começando por destacar o líder parlamentar socialista, Carlos César. “Carlos César optou por encerrar a sua actividade político-institucional, não figurando nas listas candidatas à Assembleia da República”, referiu, antes de mencionar o caso de Miranda Calha, que é deputado desde a Assembleia Constituinte de 1975.
Segundo o secretário-geral socialista, as listas de candidatos do PS são um misto de renovação, na ordem dos 56%, e de continuidade. “No conjunto dos 22 cabeças de lista, 41% não o foram há quatro anos”, apontou António Costa, antes de salientar que o PS respeita a lei da paridade ao apresentar listas em que “um dos géneros tem um peso de 46%”.
No plano político, António Costa destacou a escolha do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, como cabeça de lista do PS pelo círculo fora da Europa, dizendo que se trata de “uma manifestação de confiança” do seu partido num círculo tradicionalmente “menos favorável” aos socialistas.
Na primeira intervenção da sessão, o cabeça de lista do PS pelo Porto, Alexandre Quintanilha, defendeu que o país “precisa de políticas baseadas no conhecimento”.
“Daí o papel fundamental da educação, da ciência e da inovação. São os motores da mudança”, realçou o investigador e professor universitário.
A seguir, numa intervenção com dois minutos, a cabeça de lista socialista pela Guarda, Ana Mendes Godinho, caracterizou esta legislatura como sendo de “quatro anos de mobilização pelos territórios e pelas pessoas”.