Amadora e Porto foram as cidades onde os preços das casas mais subiram

O preço mediano de venda de habitação nestas cidades teve uma subida homóloga na ordem dos 22%. No conjunto do país, o valor supera os mil euros por metro quadrado, registando-se um abrandamento.

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hugo santos

Embora a um ritmo mais lento, o preço das casas em Portugal continua a subir e o valor por metro quadrado ultrapassou os mil euros no arranque de 2019. Lisboa continua a ser a cidade onde comprar casa sai mais caro (3111 euros por metro quadrado), mas foi na Amadora e no Porto que o preço mediano registou o crescimento homólogo mais significativo (22,7% e 22%) entre o primeiro trimestre de 2018 e o de 2019.

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Embora a um ritmo mais lento, o preço das casas em Portugal continua a subir e o valor por metro quadrado ultrapassou os mil euros no arranque de 2019. Lisboa continua a ser a cidade onde comprar casa sai mais caro (3111 euros por metro quadrado), mas foi na Amadora e no Porto que o preço mediano registou o crescimento homólogo mais significativo (22,7% e 22%) entre o primeiro trimestre de 2018 e o de 2019.

Os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) permitem concluir que, no primeiro trimestre de 2019, o preço mediano da venda de alojamentos familiares em Portugal foi 1011 euros por metro quadrado, um aumento de 1,5% relativamente ao trimestre anterior e de 6,4% em comparação com os três primeiros meses de 2018.

Apesar da subida, os números apontam para um abrandamento face às taxas de crescimento homólogas registadas nos trimestres anteriores. Esta evolução já se vinha sentindo nos dados divulgados anteriormente, uma vez que, depois do aumento de 8,1% no segundo trimestre de 2018, as taxas de crescimento têm sido menores.

Amadora (+22,7%) e Porto (+22,0%) registaram as taxas de crescimento homólogo mais elevadas entre as cidades com mais de 100 mil habitantes.

Lisboa continua no topo da lista e apresenta o preço mediano de vendas de habitação mais elevado do país. Com valores acima de 1500 euros por metro quadrado, o INE destaca ainda Cascais (2389 euros/m2), Oeiras (2062 euros/m2), Loulé (1983 euros/m2), Lagos (1800 euros/m2 ), Albufeira (1761 euros/m2), Porto (1682 euros/m2 ), Tavira (1669 euros/m2), Odivelas (1563 euros/m2 ), Lagoa ( 544 euros/m2), Funchal (1542 euros/m2 ) e Vila Real de Santo António (1534 euros/m2).

A Área Metropolitana de Lisboa, destaca o INE, foi a sub-região onde se verificou a maior amplitude de preços entre municípios (na ordem dos 2437 euros por metro quadrado). “O menor valor registou-se na Moita (674 euros por metro quadrado) e o maior em Lisboa”, lê-se no destaque do INE. O Algarve, a Madeira e a Área Metropolitana do Porto apresentaram também diferenciais de preços entre municípios superiores a mil euros.

As estatísticas dão ainda conta de dados por freguesia para as cidades de Lisboa e do Porto (que têm mais de 200 mil habitantes). Na capital, três freguesias registaram preços superiores a 4000 euros por metro quadrado, superando a média da cidade, nomeadamente Santo António (que inclui a Avenida da Liberdade e áreas adjacentes), Santa Maria Maior (que inclui a área do Castelo e da Baixa-Chiado) e Misericórdia (Bairro Alto e do Cais do Sodré).

As freguesias de Santa Clara (2058 euros/m2), Beato (2238 euros/m2) e Olivais (2263 euros/m2) apresentaram preços abaixo de 2500 euros, enquanto o Parque das Nações, tal como em trimestres anteriores, foi a única freguesia com uma evolução negativa do preço da habitação face ao período homólogo.

A União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde foi a freguesia da cidade do Porto que registou o maior preço mediano de alojamentos vendidos (2324 euros/m2).