Frentes do fogo de Alijó dominadas. Lado de Murça continua a arder

Incêndio em Alijó está controlado, mas frente no lado de Murça ainda lavra e o problema é o vento.

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Paulo Pimenta

O comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Álvaro Ribeiro, disse esta quinta-feira que o incêndio está dominado do lado de Alijó, mantendo-se como “preocupação principal” a frente que lavra do lado de Murça.

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O comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Vila Real, Álvaro Ribeiro, disse esta quinta-feira que o incêndio está dominado do lado de Alijó, mantendo-se como “preocupação principal” a frente que lavra do lado de Murça.

“Todo o perímetro do incêndio na área de Alijó está dominado, estão a ser feitos trabalhos de consolidação e de rescaldo, o que ainda demorará algum tempo”, salientou Álvaro Ribeiro.

O fogo deflagrou a meio da tarde, na zona da aldeia de Ribalonga, e, devido às projecções levadas pelo vento forte, passou a Auto-estrada 4 (A4) para o concelho de Murça.

O CODIS referiu que a preocupação é o vento, que poderá provocar reactivações.

“A nossa preocupação principal é Murça. Estamos a tentar combater o incêndio numa frente de fogo que está na encosta, de acessos inexistentes para veículos e toda essa frente de incêndio vai ser trabalhada com ferramentas manuais e pessoal apeado”, explicou Álvaro Ribeiro.

O fogo chegou às portas de Murça. Maria Bento, que vive num bairro junto à vila, disse que esta tarde foi surpreendida pelo fumo negro muito intenso e o fogo muito perto de sua casa.

“Estava dentro de casa a descansar com o neto, cheirou a fumo, vim espreitar à varanda e já vi tudo cheio de fumo preto e o fogo já estava aqui a chegar”, contou à Lusa.

Maria Bento referiu que desceu a rua, andou a molhar a zona próxima da casa com mangueiras e fez questão de frisar que os bombeiros “foram impecáveis” e “controlaram tudo”.

A Auto-estrada 4 (A4), entre os nós de Pópulo e de Murça, permanece cortada ao trânsito por razões de segurança.

Pelas 00h09m , estavam no local 346 operacionais e mais de uma centena de viaturas, com grupos de reforço provenientes do Porto, Braga e Aveiro.

De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real, o ferido que sofreu queimaduras é um civil de 48 anos que ficou com dez por cento do corpo queimado, ao passo que o outro é um militar da GNR que partiu o braço esquerdo.

De acordo com fonte do CDOS de Vila Real, neste momento não existem casas em risco de serem atingidas pelas chamas.

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De acordo com fonte do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Castelo Branco, o alerta para o incêndio, que lavra num povoamento florestal, na freguesia de Ninho do Açor e Sobral do Campo, foi dado às 15h07.

Segundo a página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), às 21h17 estavam no local 230 operacionais apoiados por 67 viaturas e um meio aéreo.

O Presidente da República anunciou esta quarta-feira que vai visitar na sexta-feira, apenas com o seu ajudante de campo, os locais afectados pelos fogos nos distritos de Santarém e Castelo Branco, para ver e ouvir. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que vai “preparado para ver o que se passou, para ouvir” e para “compreender o que se passou”, recusando, “neste momento, antes de ver o que se passou no terreno, e ouvir, estar a formular qualquer juízo”.