Boris Johnson: O “espírito do Blitz” pode esgotar-se depressa
Boris revê-se em Churchill, nunca se esquece de lembrar o velho leão britânico para prometer aos seus compatriotas que tudo está ao alcance da velha nação imperial que foi capaz de fazer frente ao Blitz. Para um país exausto pelo caos provocado por uma decisão para a qual ninguém estava preparado, até pode funcionar. Mas a realidade acabará por impor-se.
1. Boris Johnson entra na célebre porta de Downing Street em condições que dificilmente seriam mais adversas: um país causticado por três anos de total indefinição sobre o seu destino; um Partido Conservador profundamente dividido sobre a melhor estratégia para o “Brexit"; uma economia a ressentir-se cada vez mais da incerteza provocada pela saída da União Europeia sem se saber ainda em que condições. Se acrescentarmos que Boris, como é seu hábito, fez mil promessas sobre a sua capacidade de resolver o problema, qual delas mais fantasiosa, então nada está ainda garantido para o novo primeiro-ministro britânico e, consequentemente, para o futuro próximo do seu país.
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1. Boris Johnson entra na célebre porta de Downing Street em condições que dificilmente seriam mais adversas: um país causticado por três anos de total indefinição sobre o seu destino; um Partido Conservador profundamente dividido sobre a melhor estratégia para o “Brexit"; uma economia a ressentir-se cada vez mais da incerteza provocada pela saída da União Europeia sem se saber ainda em que condições. Se acrescentarmos que Boris, como é seu hábito, fez mil promessas sobre a sua capacidade de resolver o problema, qual delas mais fantasiosa, então nada está ainda garantido para o novo primeiro-ministro britânico e, consequentemente, para o futuro próximo do seu país.