Lançado concurso de 68,5 milhões de euros para modernizar parte da Linha do Oeste

A empreitada engloba a electrificação do troço ferroviário entre Mira Sintra-Meleças (Sintra) e Torres Vedras e a ligação à subestação de Runa.

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rui Gaudencio

A empresa Infra-estruturas de Portugal lançou nesta terça-feira um concurso de 68,5 milhões de euros para a modernização da Linha do Oeste entre Sintra e Torres Vedras, aguardada há décadas, segundo o procedimento publicado em Diário da República.

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A empresa Infra-estruturas de Portugal lançou nesta terça-feira um concurso de 68,5 milhões de euros para a modernização da Linha do Oeste entre Sintra e Torres Vedras, aguardada há décadas, segundo o procedimento publicado em Diário da República.

A obra tem um prazo de execução de dois anos, a contar a partir da sua consignação.

A empreitada engloba a electrificação do troço ferroviário entre Mira Sintra-Meleças (Sintra) e Torres Vedras e a ligação à subestação de Runa, a construção de dois troços de via dupla e a supressão, a reclassificação e a automatização de passagens de nível.

Está ainda prevista a construção de desnivelamentos superiores e inferiores ao caminho-de-ferro, uma intervenção pontual em cinco estações e seis apeadeiros, a instalação do sistema de retorno de corrente de tracção e de terras de protecção, a renovação pontual e a rectificação do traçado de via, entre outras intervenções de modernização da via férrea.

Aguardado há décadas e várias vezes adiado, o projecto de modernização da linha centenária está orçado num total de 112,4 milhões de euros e vai ser dividido em duas empreitadas, Mira Sintra/Meleças (Sintra)-Torres Vedras e Torres Vedras-Caldas da Rainha.

O projecto incide em 87 dos 200 quilómetros da Linha do Oeste, englobando a electrificação e duplicação da via, a rectificação de curvas, a criação de variantes ao traçado actual, a supressão de passagens de nível e a sua substituição por passagens superiores ou inferiores à linha férrea e a instalação de sinalização nas estações e apeadeiros.

O concurso público estava para ser lançado desde 2017. O Plano de Investimentos para a Ferrovia 2020 prevê a conclusão das obras durante o ano de 2020, mas estão em atraso.

A empreitada total é em grande parte financiada por fundos comunitários e atravessa os concelhos de Sintra, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras, Cadaval (distrito de Lisboa), Bombarral, Óbidos e Caldas da Rainha (Leiria).

Dos 68,5 milhões de euros da primeira empreitada, o Estado entra com 42 milhões de euros.

Numa portaria publicada este mês em Diário da República, os secretários de Estado do Orçamento e das Infra-estruturas autorizaram a Infra-estruturas de Portugal a proceder à repartição de encargos da primeira empreitada - a que está orçada em 68,5 milhões de euros.

Os custos vão ser repartidos entre 2020 (cerca de 2,7 milhões de euros), 2021 (35,6 milhões de euros) e 2022 (30,1 milhões de euros).

A empresa lançou também hoje concurso de 5,8 milhões de euros para a concepção e construção da subestação de tracção eléctrica de Runa, em Torres Vedras, e de postos auto-transformadores, com prazo de execução de 26 meses.