Paulo Silva aponta Bruno de Carvalho como responsável de suposto esquema de corrupção

O empresário, que trouxe a público a alegada existência de pagamentos a árbitros de andebol em benefício do Sporting, terá dito ao Ministério Público que o antigo presidente era o responsável pelo esquema de subornos.

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Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting LUSA/RODRIGO ANTUNES

Paulo Silva, o empresário que trouxe a público a suspeita da existência de uma rede de corrupção que beneficiaria a equipa de andebol do Sporting, afirmou em novas declarações no âmbito da Operação Cashball que Bruno de Carvalho seria o mentor do alegado esquema. A notícia foi avançada pela TVI24, que acrescenta que o ex-presidente será alvo de investigações após este desenvolvimento. 

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Paulo Silva, o empresário que trouxe a público a suspeita da existência de uma rede de corrupção que beneficiaria a equipa de andebol do Sporting, afirmou em novas declarações no âmbito da Operação Cashball que Bruno de Carvalho seria o mentor do alegado esquema. A notícia foi avançada pela TVI24, que acrescenta que o ex-presidente será alvo de investigações após este desenvolvimento. 

Bruno de Carvalho, porém, em declarações ao Tribuna Expresso, nega conhecer Paulo Silva, afirmando mesmo que nunca falou com o empresário. “Não conheço nada da Operação Cashball a não ser que foi a notícia que saiu na capa do Correio da Manhã no dia do ataque a Alcochete. Não conheço o Paulo Silva. Nunca falei com o Paulo Silva e se o Ministério Público avançar com alguma acusação terei dados para poder comentar seja lá o que for”, cita o semanário.

Apesar de ter sido Paulo Silva a trazer o caso para a esfera mediática, o autor da participação criminal que deu origem às investigações da Operação Cashball foi um agente desportivo ligado ao andebol, que o empresário Paulo Silva tentou corromper no Porto. Quando o empresário foi entrevistado pelo Correio da Manhã, a quem disponibilizou inúmeras comunicações feitas através do WhatsApp e que referem contactos para pagar aos árbitros da Liga de andebol entre 1500 e 2000 euros, já o inquérito decorria.

Esta é a primeira instância em que Paulo Silva faz referência a um envolvimento de Bruno de Carvalho no caso, tendo apontado inicialmente André Geraldes, antigo director de modalidades, como a pessoa no comando da operação. Geraldes chegou a ser um dos quatro detidos no âmbito do processo, sendo posteriormente libertado sob caução.