Marés Vivas 2019 com números recorde: “A melhor edição de sempre”

A última noite recordou os êxitos de Sting, que já havia actuado neste festival há dois anos, e acolheu os sons de Tiago Nacarato, Morcheeba e HMB. Segundo Jorge Lopes, da organização, esta foi “a melhor edição de sempre”, com uma média de 35 mil entradas diárias.

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O último dia do Meo Marés Vivas 2019 guardou um dos concertos mais esperados pelo público: a actuação de Sting, que se pautou pela apresentação de alguns dos melhores momentos do seu repertório. O músico, dirigindo-se também em português ao público, cantou e encantou as mais de 30 mil pessoas na Antiga Seca do Bacalhau, em Vila Nova de Gaia, quer com canções suas, quer com os êxitos dos Police.

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O último dia do Meo Marés Vivas 2019 guardou um dos concertos mais esperados pelo público: a actuação de Sting, que se pautou pela apresentação de alguns dos melhores momentos do seu repertório. O músico, dirigindo-se também em português ao público, cantou e encantou as mais de 30 mil pessoas na Antiga Seca do Bacalhau, em Vila Nova de Gaia, quer com canções suas, quer com os êxitos dos Police.

Mas foi Tiago Nacarato quem inaugurou o palco principal do Marés Vivas, às 19h30, num cenário intimista, apresentando músicas já conhecidas do público, como Só me apetece dançar, A dança e Onde anda você. O músico fez as delícias de Ana Inglês, de 36 anos, que veio de Leiria para o festival e que planeava vê-lo ao vivo há já algum tempo. “Foi excelente”, disse a propósito da performance de Nacarato. Já o irmão Diogo, de 44 anos, contou com “um grande concerto” por parte de Sting e tenciona regressar no próximo ano.

A Tiago Nacarato seguiu-se Morcheeba, às 20h40, com a multidão a aproximar-se cada vez mais do palco, tendo como pano de fundo o pôr-do-sol de Gaia. A banda electrónica britânica cantou temas como Friction, Never an easy way, The sea (especialmente dedicada aos que vivem nesta zona) e Blaze away. Mas foi com Otherwise, tema mais conhecido do público, que a multidão vibrou. Momentos depois, já todos batiam palmas e dançavam ao som da banda, que assim o pedia. No repertório musical não faltou um tributo a David Bowie, com a interpretação do tema Let's dance. Summertime conquistou os festivaleiros, que não se deixaram ficar indiferentes com a interpretação da cantora e com o cheiro a maresia que se fazia sentir. A actuação de Skye Edwards terminou com a canção Rome wasn't built in a day, uma das mais esperadas pelos fãs, que no final acompanhavam a cantora, batiam palmas e assobiavam bem alto para se fazerem ouvir.

Caía a noite quando Sting se apropriou do palco com pontualidade britânica: 22h10. O recinto estava lotado. Várias gerações esperavam pelo cantor de Newcastle, que conseguiu compilar toda a sua vida, desde os tempos da banda The Police, num disco de 19 canções – My songs. Palmas, danças e mãos no ar começaram ainda antes de o artista ter pisado o palco Meo, intensificando-se à sua chegada com a primeira canção – Message in a bottle. Os fãs, que acolheram o músico de braços abertos e numa constante euforia, cantavam em uníssono, aplaudindo fortemente o ex-vocalista dos Police. If I ever lose my faith in you foi a segunda música escolhida pelo cantor e a tão esperada Englishman in new york foi a terceira no alinhamento. Fields of gold e Shape of my heart também foram recebidas com comoção. Desert rose e Every breath you take foram outros dos temas que deixaram os festivaleiros ao rubro. O cantor de 67 anos, que cancelou alguns espectáculos este ano devido a problemas de saúde, mostrou que está já em excelente forma.

Os HMB encerraram as festividades, às 00h10, mas não sem antes trazerem mais ritmo ao recinto com Naptel xulima, Feeling, Paixão, Peito, entre outros temas. Enquanto nas primeiras músicas, nomeadamente em Feeling, todos tiraram o pé do chão, na balada Peito, por exemplo, formou-se um coro bem afinado na plateia.

Para além dos artistas já referidos, actuaram também no palco principal, ao longo dos três dias do festival, Keane, Kodaline, Mishlawi, Os Quatro e Meia, Ornatos Violeta, Mando Diao, Carlão e Don Broco.

Para Jorge Lopes, responsável da PEV Entertainment, organizadora do evento, “esta foi a melhor edição de sempre”. Com cerca de cerca de 35 mil entradas por dia, esta foi também “a única em que os bilhetes esgotaram nos três dias de festival e com quase uma semana de antecedência”. As expectativas da organização, garante, “foram superadas”.