Lisboa, menina e moça, ainda não é uma cidade para as mulheres

Na sua génese, as cidades “não foram desenhadas a pensar nas mulheres” e a capital continua a não ser segura e confortável para todas. Mas o urbanismo com intervenção de género pode ajudar — e sete mulheres que se esforçam por viver em espaço público mostram como.

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Gabriela Gómez

Se há décadas as mulheres eram educadas a preservarem-se em casa, hoje têm o direito de reclamar a cidade como cenário fundamental do seu quotidiano. Mas a que custo? Enfrentam as mesmas violências e riscos do que um homem? Têm a liberdade plena de mobilidade em espaço público? Circulam pela cidade como, onde e quando querem? ​“A cidade é o espaço mais democrático que temos, a casa de todos e todas, mas continua a não ser desenhada a pensar nas mulheres”, defende a arquitecta e professora Patrícia Santos Pedrosa. “Surgiu para servir a comunidade, mas sempre muito centrada na visão masculina de como gerir uma cidade porque eram os homens os decisores urbanísticos e também quem ocupava e tinha voz na cidade”, acrescenta. 

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Se há décadas as mulheres eram educadas a preservarem-se em casa, hoje têm o direito de reclamar a cidade como cenário fundamental do seu quotidiano. Mas a que custo? Enfrentam as mesmas violências e riscos do que um homem? Têm a liberdade plena de mobilidade em espaço público? Circulam pela cidade como, onde e quando querem? ​“A cidade é o espaço mais democrático que temos, a casa de todos e todas, mas continua a não ser desenhada a pensar nas mulheres”, defende a arquitecta e professora Patrícia Santos Pedrosa. “Surgiu para servir a comunidade, mas sempre muito centrada na visão masculina de como gerir uma cidade porque eram os homens os decisores urbanísticos e também quem ocupava e tinha voz na cidade”, acrescenta.