Minoria de Daniel Adrião quer entrar nas listas do PS

A carta aberta enviada ao líder do PS, António Costa, é assinada por 122 dirigentes, militantes e simpatizantes do partido.

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António Costa recebeu uma carta aberta da minoria interna do PS liderada por Daniel Adrião Rui Gaudencio

A tendência minoritária da direcção do PS liderada por Daniel Adrião enviou uma carta aberta ao secretário-geral socialista, António Costa, pedindo que as listas eleitorais do partido às legislativas de 6 de Outubro espelhem a “diversidade” de sensibilidades internas.

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A tendência minoritária da direcção do PS liderada por Daniel Adrião enviou uma carta aberta ao secretário-geral socialista, António Costa, pedindo que as listas eleitorais do partido às legislativas de 6 de Outubro espelhem a “diversidade” de sensibilidades internas.

“É com a convicção da justeza, do sentido ético e do princípio superior comungado” que os subscritores apelam a António Costa para que nas listas que “lhe cabe apresentar à Comissão Política Nacional, do próximo dia 23 de Julho, que procederá à aprovação das listas eleitorais do PS” às legislativas, “seja plasmada aquela que é a plural representação democrática nos órgãos nacionais do partido, resultante da vontade expressa dos militantes socialistas no último congresso nacional”.

A minoria que se reúne em torno de Daniel Adrião tem uma representatividade interna nos órgãos de direcção do partido de 15% na comissão política nacional, ou seja dez dos 65 membros da comissão política nacional eleita no congresso de Maio de 2018, em que Daniel Adirão foi candidato a secretário-geral.

A carta aberta é assinada por 122 pessoas, entre os quais há dirigentes, militantes e simpatizantes do PS, que se afirmam convictos de assim estarem “a contribuir para o enriquecimento da proposta política do PS e do espaço da esquerda democrática”. Os 122 subscritores pedem a António Costa “uma ponderação mais inclusiva e mais representativa na composição das listas do PS às próximas eleições legislativas”.

O desafio que lançam ao líder do PS é de que as listas sejam feitas de forma “inclusiva das diferentes vozes internas do partido e das sensibilidades democráticas da cidadania”, já, defendem, essa “incorporação” seria “de todo mais integradora, representativa e legítima do mosaico alargado da sociedade portuguesa”.

E defendem que “o PS se apresente perante os portugueses com listas que reflictam a sua integralidade, pluralidade e diversidade, consubstanciadas nas suas várias representatividades internas, maioritárias e minoritárias, resultantes da vontade democrática da sua base social de apoio”. Isto “no respeito pelo património genético do PS e da sua tradição integradora das diferentes sensibilidades e correntes de opinião”.