O Curtas de Vila do Conde decidiu na sua 27.ª edição dar atenção a O Gabinete do Dr. Caligari, a pretexto dos quase cem anos da sua rodagem. O filme (mudo) de Robert Wiene, de 1919, é uma obra paradigmática do expressionismo alemão e, mais que tudo, um “clássico” saturado já numa leitura canónica. Vê-lo verdadeiramente hoje, e não (re)vê-lo aceitando que está já tudo visto (ou dito e escrito), é uma tarefa quase impossível. Não há como escapar à imortalidade que esse estatuto lhe atribui, mas que paradoxalmente é uma morte permanente, já por antecipação, inscrita na sua própria narrativa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Curtas de Vila do Conde decidiu na sua 27.ª edição dar atenção a O Gabinete do Dr. Caligari, a pretexto dos quase cem anos da sua rodagem. O filme (mudo) de Robert Wiene, de 1919, é uma obra paradigmática do expressionismo alemão e, mais que tudo, um “clássico” saturado já numa leitura canónica. Vê-lo verdadeiramente hoje, e não (re)vê-lo aceitando que está já tudo visto (ou dito e escrito), é uma tarefa quase impossível. Não há como escapar à imortalidade que esse estatuto lhe atribui, mas que paradoxalmente é uma morte permanente, já por antecipação, inscrita na sua própria narrativa.