Salvini dá mais um passo para expulsar ciganos de Itália
Ministro do Interior ordena relatório sobre população sinti e roma. Quer que esteja pronto em duas semanas.
O ministro do Interior de Itália, Matteo Salvini, ordenou um relatório sobre a população cigana no país com a intenção de “verificar a presença de campos ilegais para elaborar um plano de expulsão”, segundo uma nota do Ministério.
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O ministro do Interior de Itália, Matteo Salvini, ordenou um relatório sobre a população cigana no país com a intenção de “verificar a presença de campos ilegais para elaborar um plano de expulsão”, segundo uma nota do Ministério.
Salvini anunciara, no ano passado, a ideia de fazer um recenseamento da população cigana para expulsar os que estivessem em situação irregular. “Os italianos, talvez tenhamos de ficar com eles”, dissera na altura.
O ministro ordenou agora que o relatório estivesse pronto dentro de duas semanas.
O Conselho da Europa estima que haja entre 120 mil e 180 mil roma, sinti e viajantes em Itália, uma das menores percentagens na Europa. Os maiores grupos são os roma, tradicionalmente do Sul e Leste da Europa, e os sinti, tradicionalmente do Oeste e Centro europeus.
A organização de defesa de direitos dos ciganos Associazione 21 Iuglio criticou a medida por ser discriminatória, já que “não diz respeito, por exemplo, a campos formais ou informais habitados por pessoas que não sejam deste grupo étnico”.
Cerca de metade da população cigana do país tem cidadania italiana, empregos e casas, mas cerca de 25 mil estão a viver em alojamento de emergência ou campos, disse a associação, citada pela AFP, acusando ainda o governo de “segregação na habitação” e de criar “guetos étnicos”.
Salvini está sob investigação por suspeitas de financiamento russo ilegal ao seu partido. Três assessores ter-se-ão reunido com três russos para negociar um contrato para pôr 65 milhões de euros num “saco azul” do partido.
Esta não foi a primeira vez que surgiram suspeitas de dinheiro russo financiar ilegalmente a Liga, de extrema-direita. Mas foi a primeira vez que foi aberta uma investigação.