Obra no rio Tinto em Gondomar elimina “mancha preocupante de poluição” na AMP

Moradores ganham também um passadiço de 6,5 quilómetros entre o Parque Oriental, em Campanha, e o Parque Urbano de Rio Tinto.

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A obra permitiu fazer também uma requalificação paisagística desta zona entre Porto e Rio Tinto Estela Silva/Lusa

O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmou esta quarta-feira que o novo interceptor de Rio Tinto, em Gondomar permite eliminar “uma mancha preocupante de poluição na Área Metropolitana do Porto (AMP)”. “Quando chegámos ao Governo havia quatro manchas preocupantes de problemas de poluição na Área Metropolitana do Porto: a ETAR de Matosinhos, o rio Tinto, uma ETAR em Paços de Ferreira e outra em Campo, Valongo. Dois estão resolvidos, dois estão em resolução. São 30 milhões de euros que vão fazer com que os problemas de poluição hídrica que havia na AMP deixem de existir”, afirmou o ministro na inauguração da obra.

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O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmou esta quarta-feira que o novo interceptor de Rio Tinto, em Gondomar permite eliminar “uma mancha preocupante de poluição na Área Metropolitana do Porto (AMP)”. “Quando chegámos ao Governo havia quatro manchas preocupantes de problemas de poluição na Área Metropolitana do Porto: a ETAR de Matosinhos, o rio Tinto, uma ETAR em Paços de Ferreira e outra em Campo, Valongo. Dois estão resolvidos, dois estão em resolução. São 30 milhões de euros que vão fazer com que os problemas de poluição hídrica que havia na AMP deixem de existir”, afirmou o ministro na inauguração da obra.

João Pedro Matos Fernandes considerou tratar-se de “um projecto relevantíssimo do ponto de vista intermunicipal, porque só fazia sentido com este grande compromisso da Câmara de Gondomar e da Câmara do Porto que trabalharam muito bem em conjunto”. “O rio [Tinto] está sobretudo no município de Gondomar, mas desagua no município do Porto, por isso tinha de ser um projecto conjunto”, sublinhou.

Trata-se de um projecto hidráulico, que resolve os problemas de poluição, e de um projecto paisagístico, que faz com que “aqui exista a partir de agora um território fantástico para poder ser fruído e visitado por toda a gente de Rio Tinto”, disse. Matos Fernandes salientou ainda o papel das associações ambientalistas que ao longo dos anos “nunca baixaram os braços”. “Hoje também lhes prestamos um tributo. Tenho a certeza de que o rio Tinto vai passar a ser um território de passeio e fruição e todos os que aqui vierem vão ser também os melhores fiscais para os pequenos problemas que sempre existem e não vão deixar de existir”, acrescentou.

O ministro, que foi presidente das Águas do Porto, lembrou que foi durante esta sua função que “há mais ou menos quatro anos, pouco tempo antes de ir para o Governo”, se envolveu no projecto. “Depois disso andámos muito depressa, há dois anos a obra foi consignada e hoje está feita. Não vale a pena falar dos 26 anos que antecederam esta parte, podia ter sido feito, podia, mas não foi. Também foi agora que houve fundos comunitários para o fazer e que as duas autarquias, do Porto e de Gondomar, perceberam que este era um problema grave e que só o resolviam em conjunto”, sublinhou.

A empreitada do interceptor de Rio Tinto foi financiada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR) em cerca de 7,9 milhões de euros. O interceptor, que custou 9,7 milhões de euros, permitiu reabilitar o emissário existente numa extensão de 1950 metros e construir um exuctor com 4.100 metros, que liga as estações de tratamento das águas residuais (ETAR) do Meiral, em Gondomar, e do Freixo, no Porto, que no total servem mais de 140 mil habitantes.

A obra permitiu ainda a construção de 6,5 quilómetros de passadiço para ligar o Parque Oriental, em Campanhã, ao novo Parque Urbano de Rio Tinto. Além do passadiço e da reabilitação do rio, quer ao nível hidráulico quer de vegetação em redor, a obra inclui pequenas zonas de fruição como a praça na zona do Pêgo Negro, no Freixo, e o melhoramento de acessos às habitações.