Pedro Sánchez dá por encerradas negociações com Podemos para formação do Governo
Primeiro-ministro acusa Unidas podemos de “farsa”. Novas eleições são a saída mais provável.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que a decisão da plataforma de esquerda Unidas Podemos levar a consulta interna às bases o apoio do partido a um governo socialista é “uma farsa” e considerou que levou ao “fim” das negociações para um governo liderado por si.
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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que a decisão da plataforma de esquerda Unidas Podemos levar a consulta interna às bases o apoio do partido a um governo socialista é “uma farsa” e considerou que levou ao “fim” das negociações para um governo liderado por si.
As hipóteses de que Sánchez seja investido como chefe de Governo na votação de 23 de Julho no Parlamento ou na sua repetição dois dias depois nunca foram tão ténues, diz o diário espanhol El País.
Numa entrevista à cadeia SER, Sánchez criticou o líder da Unidas Podemos, Pablo Iglesias, pela decisão de levar a votos a proposta de Sánchez à sua plataforma. “Iglesias está a usar esta consulta truncada para justificar o seu não na investidura pela segunda vez”, declarou.
“É uma farsa de Iglesias”, disse ainda Sánchez, acrescentando que caso vote contra o seu governo, o Podemos “votará ao lado do Vox”.
“É a primeira vez que o candidato a líder do Governo faz uma proposta deste género e recebe como resposta que é uma idiotice”, queixou-se Sánchez, referindo-se à oferta de cargos ministeriais ao Podemos, mas com a condição de serem escolhidos técnicos e não políticos.
No Twitter, Juan Carlos Monedero, co-fundador do Podemos e próximo de Iglesias, acusou Sánchez de “chantagem”: “Começa a semana de chantagem para o Podemos. Pedro Sánchez não quer entender que não tem maioria. Sánchez não ofereceu técnicos a [Albert] Rivera”, do partido Cidadãos. “O regime contra o Podemos. Vale tudo”, declarou Monedero.
Os 190 mil militantes inscritos no Podemos vão dar a sua opinião sobre qual deve ser o sentido de voto da plataforma no debate da investidura, que decorre na próxima segunda e terça-feira.