Wanderlust é ioga, é mindful, é um negócio em crescimento

A organização espera 3500 participantes no encontro que se realiza junto à Fundação EDP, em Lisboa, no próximo dia 29 de Setembro. E já prepara o primeiro festival de três dias: o Gerês poderá ser a escolha para ioga, meditação e propostas de uma vida saudável, mas só no próximo ano.

Foto
DR

Deu os primeiros passos há dois anos. Mil pessoas era o previsto para o primeiro triatlo Wanderlust, mas as expectativas foram superadas. Assim como no ano seguinte, ultrapassou as duas mil. No próximo dia 29 de Setembro, a organização espera que a afluência volte a crescer e chegue aos 3500 participantes. São sobretudo as mulheres, mais jovens, que decidem fazer o triatlo de corrida (cinco quilómetros que também podem ser feitos a caminhar), ioga e meditação. Este ano, haverá uma aula de dança antes mesmo de começar a correr, junto ao Tejo, em Lisboa, logo pela manhã.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Deu os primeiros passos há dois anos. Mil pessoas era o previsto para o primeiro triatlo Wanderlust, mas as expectativas foram superadas. Assim como no ano seguinte, ultrapassou as duas mil. No próximo dia 29 de Setembro, a organização espera que a afluência volte a crescer e chegue aos 3500 participantes. São sobretudo as mulheres, mais jovens, que decidem fazer o triatlo de corrida (cinco quilómetros que também podem ser feitos a caminhar), ioga e meditação. Este ano, haverá uma aula de dança antes mesmo de começar a correr, junto ao Tejo, em Lisboa, logo pela manhã.

Foto

Apesar do optimismo, ainda não é este ano que o triatlo se vai transformar num festival de três dias. A promessa fica para 2020, ano em que poderá acontecer no Gerês, espera Nuno da Silva Carvalho, da Soma, a empresa que promove o Wanderlust em Portugal. Para já, o interesse revelado pelo público levou à abertura de uma nova linha de negócio, a Mindful Agency, que vai reunir professores de ioga, artistas, terapeutas e chefs, gente que promova workshops e programas em torno do ioga e do bem-estar. 

O professor de ioga é o DJ do futuro. Nos anos de 1980/1990, tínhamos a música e os copos; hoje as pessoas voltaram-se para o saudável, para o exercício, a prática permite ter uma vida mais consciente e equilibrada. O mercado do wellness [do bem-estar] é o next boom, em detrimento dos festivais de música”, acredita Nuno da Silva Carvalho que já trabalhou no mercado dos festivais de música e agora promove mercados e festivais de bem-estar. 

O empresário tem a ambição de criar um centro Wanderlust, o primeiro na Europa, onde seja possível ter em permanência formações e uma sala “multisensorial”, onde se possa praticar ioga ou mindfulness e imaginar que se está noutra qualquer ponto do mundo. “O Wanderlust é um conceito novo: fazer ioga para relaxar o corpo e meditar”, declara Silva Carvalho, acrescentando que já adoptou este estilo de vida e que medita diariamente. “A respiração é o segredo disto tudo, só se consegue chegar à ausência de pensamento [na meditação] com a respiração.”

Empreendedorismo mindful

Se por cá, o Wanderlust vai no terceiro ano, o conceito está a celebrar uma década, sendo promovido em 60 cidades, a nível mundial. Pelo espaço da Fundação EDP vão passar mais de 60 professores convidados, entre eles Filipa Veiga, Rute Caldeira e Vera Simões. Mas também gente de outras áreas como os chefs Mafalda Pinto Leite e Nuno Queiroz Ribeiro; a nutricionista Ana Bravo; o criador do projecto “Pequeno Buda”, Tomaz Mello Breyner; as empresárias Cátia Curica e Eunice Maia, ou a fadista Cuca Roseta são alguns dos oradores responsáveis pelas talks

Este ano, o destaque é para o empreendedorismo mindful. Silva Carvalho defende que o evento pode ser uma plataforma para promoção e desenvolvimento de projectos nacionais e de empowerment feminino, em diferentes áreas como a nutrição e alimentação saudável, o bem-estar, o ecolifestyle ou as viagens. “Estamos a consolidar e a criar novos conteúdos que as pessoas querem como as talks e os workshops. Há dois temas este ano: o empreendedorismo feminino e o empowerment da mulher. Esta pode ser CEO, deputada, empresária ou que quiser”, afirma.

Afinal, 92% do público é feminino. A faixa etária começou por ser “mais alta”, entre os 35 e os 42 anos, mas em Portugal baixou para os 25-30 anos. Para isso “tem contribuído a cultura das embaixadoras e influencers”, continua o empresário em conversa com o PÚBLICO. E mantendo essa aposta, o Wanderlust elegeu a “reconhecida” apresentadora de televisão e influenciadora digital, Isabel Silva, como madrinha do evento. “A apresentadora destaca-se pela sua paixão pela alimentação saudável, pelo exercício físico e pelo contacto próximo com a natureza”, justifica Nuno Silva Carvalho, citado em comunicado.

A apresentadora será a dinamizadora da Dance Party, uma das novidades para este ano, a tal aula de dança ao som de um DJ, antes do início da corrida – que vai acontecer, pela primeira vez em Lisboa, mas também noutras cidades por onde passa o Wanderlust. Depois de feito o triatlo, há muitas actividades no espaço junto ao rio, desde aulas no relvado como hula hoop, ioga aéreo e também outras a pensar nas crianças que possam também participar. Os bilhetes têm dois preços: 30 euros (inclui uma bandana e o dorsal da corrida); e 35 euros (com presentes mindful dos parceiros Wanderlust e uma t-shirt).