Boris e a “special relationship”

Boris é também a coisa mais parecida com Donald Trump de que o Reino Unido dispõe. Não apenas nas maneiras e na linguagem desabrida, mas nas convicções essenciais.

1. É mais ou menos consensual que Boris Johnson não tem os requisitos mínimos necessários para liderar o Reino Unido, ainda por cima num momento que muitos analistas consideram como a mais radical mudança da sua inserção internacional desde a II Guerra. Mas também já se sabe que ele vai ganhar a corrida, que estará concluída a 23 de Julho, não porque seja o favorito das sondagens, mas porque é o preferido entre os cerca de 130 mil militantes tories que votam para a escolha do seu novo líder. Que o Partido Conservador britânico estava, definitivamente, nas mãos dos nacionalistas ingleses já se sabia. Por convicção ou por mero cálculo político, uma ampla maioria quer um “Brexit” à maneira de Boris e pensa que ele é a coisa mais parecida com Nigel Farage de que dispõe e, portanto, quem mais facilmente recuperará os votos perdidos para o líder do Partido do Brexit nas europeias.

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1. É mais ou menos consensual que Boris Johnson não tem os requisitos mínimos necessários para liderar o Reino Unido, ainda por cima num momento que muitos analistas consideram como a mais radical mudança da sua inserção internacional desde a II Guerra. Mas também já se sabe que ele vai ganhar a corrida, que estará concluída a 23 de Julho, não porque seja o favorito das sondagens, mas porque é o preferido entre os cerca de 130 mil militantes tories que votam para a escolha do seu novo líder. Que o Partido Conservador britânico estava, definitivamente, nas mãos dos nacionalistas ingleses já se sabia. Por convicção ou por mero cálculo político, uma ampla maioria quer um “Brexit” à maneira de Boris e pensa que ele é a coisa mais parecida com Nigel Farage de que dispõe e, portanto, quem mais facilmente recuperará os votos perdidos para o líder do Partido do Brexit nas europeias.