Elza Soares está de volta: “Na música sinto-me libertada de tantas ofensas”

Nome incontornável da música brasileira, a cantora regressa a Portugal para apresentar o mais recente disco, Deus É Mulher: este sábado em Ovar, na quarta-feira em Lisboa. E também para lançar a sua nova biografia na Livraria da Travessa – “uma história muito forte” sobre uma vida que “tinha tudo para não dar certo”.

Foto
DARYAN DORNELLES

A fotografia do WhatsApp de Elza Soares é de fazer inveja a qualquer millennial: fato justo ao corpo em tons de prateado, unhas afiadíssimas a condizer, decote bem pronunciado e uma heráldica crista punk de caracóis dourados. Poderosa, como a voz que nos atende do outro lado (“Alô queridaaaa, tudo bem, e com você também?”), inconfundível, cheia de gravilha, maturada e arranhada pelo tempo – 82 anos de uma vida difícil que, diz-nos, “tinha tudo para não dar certo”. Mas deu: Elza Soares é hoje um nome incontornável e irrepetível da música brasileira. Cantora fora de série, com uma voz que condensa a dor, as conquistas, as carcaças e a poeira de uma vida que começou na favela da Moça Bonita, no Rio de Janeiro.

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A fotografia do WhatsApp de Elza Soares é de fazer inveja a qualquer millennial: fato justo ao corpo em tons de prateado, unhas afiadíssimas a condizer, decote bem pronunciado e uma heráldica crista punk de caracóis dourados. Poderosa, como a voz que nos atende do outro lado (“Alô queridaaaa, tudo bem, e com você também?”), inconfundível, cheia de gravilha, maturada e arranhada pelo tempo – 82 anos de uma vida difícil que, diz-nos, “tinha tudo para não dar certo”. Mas deu: Elza Soares é hoje um nome incontornável e irrepetível da música brasileira. Cantora fora de série, com uma voz que condensa a dor, as conquistas, as carcaças e a poeira de uma vida que começou na favela da Moça Bonita, no Rio de Janeiro.