FIFA duplica castigos por racismo e permite que árbitros suspendam jogos
Órgão máximo do futebol mundial defende punições mais severas contra o racismo, dentro dos clubes, associações e ligas.
A FIFA anunciou esta quinta-feira que vai duplicar no seu código disciplinar o castigo mínimo previsto para intervenientes do futebol que tenham comportamentos racistas. Os atletas, treinadores ou dirigentes punidos por esta prática passarão a ser punidos com uma suspensão por dez jogos, em vez de não puderem alinhar em cinco partidas. Além disso, o novo código vai permitir que os árbitros interrompam um jogo de futebol por incidentes racistas, podendo mesmo dá-lo por encerrado e atribuir a derrota à equipa infractora. Estas alterações terão efeito já a partir da próxima semana, tendo em vista a nova temporada desportiva no futebol europeu.
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A FIFA anunciou esta quinta-feira que vai duplicar no seu código disciplinar o castigo mínimo previsto para intervenientes do futebol que tenham comportamentos racistas. Os atletas, treinadores ou dirigentes punidos por esta prática passarão a ser punidos com uma suspensão por dez jogos, em vez de não puderem alinhar em cinco partidas. Além disso, o novo código vai permitir que os árbitros interrompam um jogo de futebol por incidentes racistas, podendo mesmo dá-lo por encerrado e atribuir a derrota à equipa infractora. Estas alterações terão efeito já a partir da próxima semana, tendo em vista a nova temporada desportiva no futebol europeu.
Em comunicado, citado pela Associated Press, a FIFA considera que o combate ao racismo e discriminação tem de estar em “constante actualização”, para que a entidade esteja “à frente na luta contra ataques aos fundamentos dos direitos dos seres humanos”.
O órgão máximo do futebol mundial refere que as vítimas devem ser ouvidas presencialmente ou que possam enviar um testemunho por escrito a um membro jurídico da FIFA, e defende que “os clubes ou associações deviam limitar o número de espectadores e multar o infractor na primeira ofensa racista que faça em, pelo menos, 20 mil francos suíços”.
Depois de quase 15 anos sem grandes alterações, o novo código da FIFA — desenvolvido após consulta das seis confederações de futebol e outras entidades relacionadas — introduz modificações significativas em áreas como o racismo e a discriminação que, segundo o organismo, colocam a entidade liderada pelo suíço Gianni Infantino “na linha da frente do combate a este ataque aterrador aos direitos humanos fundamentais”.
Paralelamente, também vão ser alargadas as sanções ao nível das transferências. Os clubes vão começar a ser impedidos de contratar ou inscrever jogadores caso tenham dívidas a jogadores, treinadores ou a outros clubes.