Portugal chega às meias-finais do Mundial via penáltis
Itália nunca esteve em desvantagem, quer no tempo regulamentar, quer no prolongamento, mas caiu no desempate por grandes penalidades.
A selecção nacional de hóquei em patins qualificou-se pela 42.ª vez para as meias-finais do Campeonato do Mundo de hóquei em patins, graças a um triunfo sobre a Itália, no desempate por penáltis (2-0). Em Barcelona, Portugal entrou a perder, empatou ainda antes do intervalo e forçou o empate até ao fim do prolongamento (5-5), preparando-se agora para enfrentar a anfitriã Espanha.
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A selecção nacional de hóquei em patins qualificou-se pela 42.ª vez para as meias-finais do Campeonato do Mundo de hóquei em patins, graças a um triunfo sobre a Itália, no desempate por penáltis (2-0). Em Barcelona, Portugal entrou a perder, empatou ainda antes do intervalo e forçou o empate até ao fim do prolongamento (5-5), preparando-se agora para enfrentar a anfitriã Espanha.
Um erro de Henrique Magalhães abriu o corredor ao primeiro golo do jogo, da autoria de Ambrosio, logo aos 2’. E cinco minutos mais tarde foi Verona a ampliar para Itália, na recarga a uma primeira defesa de Ângelo Girão.
Complicava-se a tarefa portuguesa, especialmente frente a um adversário que faz das transições ofensivas uma das suas imagens de marca. Ia ser preciso critério na circulação e paciência e foi com Jorge Silva em zona central, a desviar de costas, que se reduziu a desvantagem.
Em cima do intervalo, Gonçalo Alves empatou de penálti, mas os erros defensivos sairiam caros no segundo tempo. Em mais duas transições, que geraram superioridade numérica, Cocco e Malagoli elevaram para 2-4, colocando em ambas as ocasiões a bola junto ao poste esquerdo da baliza portuguesa.
Portugal voltava a ser obrigado a acelerar mas Gonçalo Alves travou momentaneamente as aspirações nacionais, quando falhou um penálti. Não marcou Gonçalo, marcou João Rodrigues aos 18’ da segunda parte, aproveitando uma (rara) desatenção defensiva italiana.
O golo da noite, porém, sairia do stick de Hélder Nunes, directamente do meio-campo para dentro da baliza de Barozzi. Era o 4-4, mas não o último lance determinante da partida. A 29 segundos do fim, Itália dispôs de um livre directo, depois de Rafa ter visto o cartão azul. Ao contrário do que aconteceu noutras ocasiões deste Mundial, Ambrosio atrapalhou-se na marcação e a decisão resvalou para o prolongamento.
O avançado do Forte dei Marmi redimiu-se logo no início do tempo extra, tirando partido de uma situação de powerplay, em que se limitou a encostar ao segundo poste. Era o 4-5 para Itália, que poderia ter sido transformado em 4-6 se Girão não tivesse travado um livre directo, ou logo a seguir em 5-5, se Hélder Nunes, também de livre directo, não tivesse acertado duas vezes na trave.
O quinto golo português não surgiu nessa altura, surgiu no arranque da segunda metade do tempo extra. Gonçalo Alves assistiu e João Rodrigues desviou à boca da baliza, fixando o resultado com que se chegou ao fim do prolongamento.
Passava a decidir-se tudo no desempate por penáltis. Cocco falhou o primeiro (defesa de Girão), Gonçalo Alves também (defesa de Barozzi), Malagoli idem aspas (defesa de Girão) e João Rodrigues foi o primeiro a converter. Girão voltou a brilhar, travando a tentativa de Illuzzi, e Hélder Nunes ampliou a vantagem de Portugal. Estava perto o apuramento. À distância de um remate ao lado de Cinquini.
Portugal enfrenta, na sexta-feira à noite (21h, RTP1), na segunda meia-final do dia, uma Espanha que atropelou a Colômbia nos quartos-de-final, com um concludente 9-0. Às 16h, entram no rinque a Argentina (que goleou Angola por 6-0) e a França (que bateu o Chile por 5-4).