Massacre na Papuásia-Nova Guiné faz 18 mortos, incluindo crianças e grávidas
A “violência tribal” aumentou nos últimos anos. “Os ataques foram cometidos numa comunidade inocente em que as pessoas não estavam à espera, e todos nós estamos em estado de choque”, disse o governador da província onde aconteceu o massacre.
Na Papuásia-Nova Guiné 18 pessoas, entre elas crianças e duas mulheres grávidas, foram mortas num massacre numa pequena aldeia da província de Hela. O ataque aconteceu na manhã de segunda-feira e está a ser considerado um caso de “violência tribal”, um dos mais graves do país nos últimos anos. O primeiro-ministro James Marape prometeu nesta quarta-feira que os criminosos serão capturados, noticia a Reuters.
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Na Papuásia-Nova Guiné 18 pessoas, entre elas crianças e duas mulheres grávidas, foram mortas num massacre numa pequena aldeia da província de Hela. O ataque aconteceu na manhã de segunda-feira e está a ser considerado um caso de “violência tribal”, um dos mais graves do país nos últimos anos. O primeiro-ministro James Marape prometeu nesta quarta-feira que os criminosos serão capturados, noticia a Reuters.
A violência tem sido uma constante nos últimos anos na nação pobre (ainda que rica em recursos) do Pacífico, mas o número de mortos deste massacre chocou o país. “É uma história muito triste”, reagiu o governador da província de Hela, Philip Undialu.
O ataque aconteceu na aldeia de Karida, que tem cerca de 800 habitantes e fica a 630 quilómetros da capital. Ainda que não se saiba qual o motivo do ataque, Undialu refere que é provável que se trate de uma “retaliação a um ataque anterior”. As vítimas deste massacre tinham oferecido abrigo a vítimas de um ataque anterior, há algumas semanas.
“Os dois ataques foram feitos numa comunidade inocente em que as pessoas não estavam à espera e todos nós estamos em estado de choque”, disse Undialu, citado pela Reuters. Ao todo, diz, terão morrido 24 pessoas nos dois ataques.
Ao jornal britânico The Guardian o responsável de um centro de saúde em Karida, Philip Pimua, disse que morreram pelo menos oito crianças (entre 1 e 15 anos) e oito mulheres, duas delas grávidas. Pimua, que estava na aldeia na altura do ataque, acrescentou que algumas pessoas morreram depois de abrir a porta aos atacantes.
“Acordei de manhã, fui fazer uma fogueira na minha cozinha, e ao mesmo tempo comecei a ouvir o barulho de tiros, reparei que algumas casas estavam a arder, portanto sabia que os inimigos já estavam dentro da aldeia”, contou Pimua. “Fugi, escondi-me nuns arbustos e quando voltei vi corpos esquartejados e casas ardidas.”