Fractal: um festival de arte urbana para mostrar outro lado do Funchal

De 10 a 17 de Julho, o Fractal Funchal Fest leva música, cinema, literatura e intervenções arquitectónicas às ruas da cidade. Para aproximar os habitantes e criar “momentos de felicidade”.

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Maquete da biblioteca do miradouro da Quinta das Cruzes DR

O Funchal acolhe, de 10 a 17 de Julho, o Fractal Funchal Fest, um projecto de activismo cultural no espaço público. A ideia surgiu de Carolina Caldeira e Vicente Spínola, dois empreendedores madeirenses preocupados com a cultura local da cidade, que querem chamar a atenção para os locais de menor circulação do Funchal, ao mesmo tempo que envolvem a comunidade em actividades culturais e de entretenimento.

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O Funchal acolhe, de 10 a 17 de Julho, o Fractal Funchal Fest, um projecto de activismo cultural no espaço público. A ideia surgiu de Carolina Caldeira e Vicente Spínola, dois empreendedores madeirenses preocupados com a cultura local da cidade, que querem chamar a atenção para os locais de menor circulação do Funchal, ao mesmo tempo que envolvem a comunidade em actividades culturais e de entretenimento.

Segundo Vicente Spínola, “este é um festival de arte urbana” que visa “povoar a cidade com uma série de intervenções, umas de cariz artístico, outras de cariz arquitectónico e poético”. Assistir a uma curta-metragem nas escadas da Rua do Bispo, apreciar uma instalação no Paço Episcopal ou ouvir alguém a contar uma história no Miradouro da Quinta das Cruzes são algumas das actividades que fazem parte da programação do festival.

Para além disso, os responsáveis vão construir uma plataforma de entrada na água na Praia do Forte, instalar uma biblioteca de pequena escala no Miradouro da Quinta das Cruzes, criar um microcinema no percurso entre a Praça do Município e a Rua do Bispo e abrir uma microgaleria numa loja da cidade.

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Será criado um microcinema no percurso entre a Praça do Município e a Rua do Bispo DR

Do programa constam ainda uma maratona fotográfica (dia 12), uma oficina de escrita criativa (dia 13), um encontro de trocas de livros (dia 15) e alguns concertos, nomeadamente de Miguel de Miguel, Tiago Silva e Anuska (dias 12, 15 e 17, respectivamente). Tudo com entrada livre. Neste sentido, as diferentes “manifestações artísticas contribuem para um objectivo comum de criação de comunidade, de confiança entre os cidadãos e de produção de momentos de felicidade”, pode ler-se no comunicado de imprensa enviado para o P3.

O Fractal Funchal Fest tem como objectivo criar um circuito de exploração pela cidade e gerar elementos de surpresa no percurso quotidiano, quer dos funchalenses, quer dos visitantes. No fundo, explica Vicente ao telefone com P3, pretende-se “dar um cariz doméstico a um espaço exterior”, bem como “gerar momentos em que as pessoas contactam umas com as outras”. O projecto, de âmbito local, “abarca referências a artistas e a tradições locais, potenciando todo um sentido de comunidade”, acrescenta o arquitecto.

Organizado por um grupo informal de voluntários, e com o apoio da Câmara Municipal do Funchal, o Fractal tem por base peças arquitectónicas que serão intervenções conscientes no espaço físico. Estas serão de carácter temporário, construídas com materiais ligeiros, levando em consideração preocupações de carácter ambiental. Todos os elementos descartados serão reutilizados ou reciclados.