Corbyn: se o no deal estiver no horizonte, trabalhistas defenderão novo referendo e permanência na UE

O líder trabalhista foi presisonado pelos sindicatos e as bases a dar este passo.

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Jeremy Corbyn PETER NICHOLLS/Reuters

Jeremy Corbyn anunciou nesta terça-feira que caso o próximo primeiro-ministro britânico avance para um “Brexit” sem acordo, ou pretenda concretizar o divórcio com um acordo negociado apenas por si, o Partido Trabalhista defenderá a realização de um novo referendo e fará campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia.

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Jeremy Corbyn anunciou nesta terça-feira que caso o próximo primeiro-ministro britânico avance para um “Brexit” sem acordo, ou pretenda concretizar o divórcio com um acordo negociado apenas por si, o Partido Trabalhista defenderá a realização de um novo referendo e fará campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia.

A decisão de Corbyn, até aqui relutante em defender a permanência do país na UE, é o resultado de uma consulta com membros do governo sombra, deputados, sindicatos, o comité executivo do Labour e militantes. O líder partidário estava a ser pressionado por alguns destes sectores, sobretudo pelos sindicatos, para mudar de posição.

A falta de acordo entre partidos e no parlamento para concretizar o “Brexit” levou a primeira-ministra, Theresa May, a anunciar a saída. O partido está a realizar uma votação para a substituir, sendo o vencedor - o lugar de líder e chefe do Governo é disputado entre Boris Johnson ou Jeremy Hunt - anunciado a 23 de Julho. No dia seguinte o vencedor deve ser recebido pela rainha, que o convidará a formar governo. 

“Quem quer que se torne primeiro-ministro deve ser suficientemente confiante para pôr qualquer decisão - o seu acordo ou o no deal - nas mãos do povo”, defendeu Corbyn. E nessas circunstâncias, acrescentou, “o Partido Trabalhista fará campanha para permanecer e contra uma saída sem acordo ou um acordo tory que não proteja a economia e os empregos”.

Hunt e Johnson têm afirmado pretender implementar o “Brexit" até à data limite de 31 de Outubro, admitindo uma saída sem acordo se Bruxelas não aceitar renegociar o acordo, sobretudo a parte que diz respeito à solução para a fronteira na Irlanda do Norte.