Bancos voltam a dar mais crédito às famílias e a juros mais baixos
Taxa média dos novos depósitos dos particulares até um ano manteve-se em 0,12%.
Em Maio, a concessão de empréstimos às famílias aumentou significativamente, com o crédito para a compra de casa a atingir 927 milhões de euros, bem mais que os 804 milhões do mês anterior, a que se somaram mais 613 milhões de euros em crédito ao consumo e outros fins. O novo crédito está assente em taxas de juro cada vez mais baixas que, no caso dos empréstimos para a compra de casa, corresponde a novo mínimo histórico, com a taxa média a cair dois pontos base, para 1,31%.
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Em Maio, a concessão de empréstimos às famílias aumentou significativamente, com o crédito para a compra de casa a atingir 927 milhões de euros, bem mais que os 804 milhões do mês anterior, a que se somaram mais 613 milhões de euros em crédito ao consumo e outros fins. O novo crédito está assente em taxas de juro cada vez mais baixas que, no caso dos empréstimos para a compra de casa, corresponde a novo mínimo histórico, com a taxa média a cair dois pontos base, para 1,31%.
Os dados do Banco de Portugal (BdP), divulgados esta terça-feira, mostram que as taxas médias do crédito ao consumo e outros fins fixaram-se em 7,07% e 3,89%, também abaixo do mês anterior. Nos empréstimos às empresas, a taxa de juro média foi de 2,25%, abaixo dos 2,40% em Abril.
No crédito à habitação, o montante concedido em Maio é o mais elevado desde Junho de 2018, quando atingiu 990 milhões de euros, em vésperas da entrada em vigor da medida macroprudencial do BdP para o crédito, que agrega um conjunto de medidas para tornar a concessão de crédito mais sustentável para os bancos e para as famílias e que o supervisor diz estarem a ser cumpridas. No entanto, a iniciativa não impediu o crescimento do volume de crédito concedido.
O crescimento do crédito ao consumo também foi elevado, passando de 363 milhões de euros para 435 milhões, máximo de mais de um ano, e na componente de crédito para outros fins, a variação mensal também é expressa, passando de 159 milhões para 178 milhões de euros, o valor mais alto em quase ano e meio.
O aumento do crédito concedido aos particulares e a queda das taxas de juro acontece numa altura em que as perspectivas de evolução das taxas de juro no mercado são de alguma correcção em baixa e da manutenção em valores negativos por um prazo mais alargado.
As taxas de juro cobradas pelos bancos estão a cair nos empréstimos, mas também nos depósitos. Em Maio de 2019, a taxa de juro média dos novos depósitos das empresas foi de 0,11%, mais dois pontos que no mês anterior. Nos depósitos dos particulares, o valor médio da taxa de juro dos novos depósitos até um ano manteve-se em 0,12%.