Pedro Marques escolhe comissão do Desenvolvimento Regional

A delegação socialista aspira à vice-presidência de duas comissões.

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Na distribuição dos lugares das várias comissões e subcomissões do Parlamento Europeu (PE) pelos novos eurodeputados portugueses, “calhou” ao socialista Pedro Marques, cabeça de lista do partido do Governo nas eleições europeias, um lugar de titular na comissão do Desenvolvimento Regional, por onde passa a discussão dos fundos estruturais. Uma escolha que parece confirmar o interesse do ex-ministro das Infra-estruturas em projectar-se do Parlamento Europeu para a próxima Comissão Europeia.

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Na distribuição dos lugares das várias comissões e subcomissões do Parlamento Europeu (PE) pelos novos eurodeputados portugueses, “calhou” ao socialista Pedro Marques, cabeça de lista do partido do Governo nas eleições europeias, um lugar de titular na comissão do Desenvolvimento Regional, por onde passa a discussão dos fundos estruturais. Uma escolha que parece confirmar o interesse do ex-ministro das Infra-estruturas em projectar-se do Parlamento Europeu para a próxima Comissão Europeia.

Mas tirando esse indicador político mais interessante, o processo de selecção e distribuição de lugares pelas diversas comissões parlamentares não teve surpresas. Cumprindo a tradição, os eurodeputados eleitos em Portugal vão concentrar-se principalmente nas comissões dos Orçamentos; Assuntos Económicos e Monetários; Indústria, Investigação e Energia; Emprego e Assuntos Sociais; Agricultura e Desenvolvimento Rural e ainda das Pescas — nesta última, estarão representados todos os partidos excepto o BE.

O “veterano” José Manuel Fernandes, do PSD, terá ao seu lado na importante comissão dos Orçamentos dois estreantes: Margarida Marques, do PS, e Francisco Guerreiro, do PAN. O social-democrata voltou a ser escolhido como coordenador do seu grupo político do Partido Popular Europeu na comissão que está envolvida nas negociações do próximo quadro financeiro plurianual. Mas ainda não sabe se poderá chegar a presidente da comissão, uma vez que essas negociações (entre famílias políticas) ainda estão a decorrer.

O PÚBLICO sabe que a delegação socialista aspira à vice-presidência de duas comissões. “Depois da eleição de Pedro Silva Pereira como vice-presidente do PE, o objectivo é aumentar a nossa influência na vida do Parlamento”, informou fonte da delegação. Os socialistas, os sociais-democratas e os bloquistas também estão apostados em obter a presidência de delegações do PE.

Marisa Matias, do BE, mantém-se na comissão da Indústria, Investigação e Energia (tal como o socialista, Carlos Zorrinho) e na subcomissão dos Direitos Humanos (onde se estreia Isabel Santos, do PS), mas “cede” ao recém-eleito José Gusmão o lugar na comissão dos Assuntos Económicos e Monetários. Lídia Pereira, do PSD, e Pedro Silva Pereira, do PS, também escolheram a mesma comissão.

A delegação do PSD estará representada em mais duas comissões do que no mandato anterior: Indústria, com Maria da Graça Carvalho, e Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar, onde Lídia Pereira será suplente. Essa foi a comissão eleita pela outra jovem eurodeputada que se estreia nesta legislatura, Sara Cerdas, do PS.

À chegada ao PE, a socialista Maria Manuel Leitão Marques optou pela comissão do Mercado Interno e Protecção dos Consumidores. Nuno Melo, do CDS, continuará na comissão das Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos. Nos Assuntos Externos, haverá dois portugueses, Isabel Santos (PS) e Paulo Rangel (PSD), que neste mandato prossegue ainda o seu trabalho na comissão de Assuntos Constitucionais.

De resto, como também é habitual, as duas regiões autónomas estão representadas nas comissões de Agricultura, com o açoriano André Bradford, do PS, e das Pescas, onde estará a social-democrata madeirense, Cláudia Monteiro de Aguiar. João Ferreira, do PCP, também mantém o seu lugar na comissão das Pescas, mas troca a Indústria pelos Transportes e Turismo. A sua camarada Sandra Pereira ficará na comissão dos Direitos da Mulher e Igualdade de Género.