Jerónimo diz que PCP não calará crítica ao PS

Líder do PCP pediu o reforço da CDU nas próximas eleições legislativas, afirmando que os portugueses vão decidir se querem prosseguir o caminho de reposição de rendimentos e direitos ou andar para trás.

Foto
O secretário-geral da CDU, Jerónimo de Sousa à chegada para o convívio regional de Aveiro LUSA/PAULO NOVAIS

O secretário-geral do PCP disse neste sábado que o seu partido não calará a crítica ao PS e acusou os socialistas de andarem “de braço dado com o PSD e o CDS”, naquilo que é “estruturalmente uma política de direita”.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O secretário-geral do PCP disse neste sábado que o seu partido não calará a crítica ao PS e acusou os socialistas de andarem “de braço dado com o PSD e o CDS”, naquilo que é “estruturalmente uma política de direita”.

“Estas questões do direito do trabalho são uma zona de fronteira entre a esquerda e a direita e o PS encosta-se à direita para aprovar aquilo que vai prejudicar os trabalhadores”, disse Jerónimo de Sousa, durante um convívio regional do PCP em Estarreja, no distrito de Aveiro.

Na sua intervenção, o secretário-geral do PCP apelou ao reforço da CDU nas próximas eleições legislativas, afirmando que os portugueses vão decidir se querem prosseguir o caminho de reposição de rendimentos e direitos ou andar para trás.

“Estas eleições de 6 de Outubro para a Assembleia da República colocam uma encruzilhada, uma escolha, que é saber se este caminho de reposição de rendimentos e direitos é para continuar, ou se abrimos caminho ao retrocesso, andar para trás, como o PS nalgumas matérias pretende”, afirmou.

Jerónimo de Sousa valorizou ainda o trabalho conseguido pela CDU na presente legislatura, sublinhando que os comunistas não se limitaram a “encetar um processo de uma solução política”, tendo dado “centralidade” à Assembleia da República.

“Sempre que há governos de maioria absoluta, a Assembleia da República transforma-se mais ou menos num cartório notarial de assinar de cruz tudo o que vem do Governo. Nestas foi diferente: a Assembleia da República é que assumiu essa centralidade e encetou um caminho de reposição de rendimentos e direitos”, disse.

O encontro serviu ainda para apresentar publicamente o cabeça de lista da CDU pelo círculo de Aveiro, que volta a ser Miguel Viegas.

O candidato lembrou que a CDU está “muito perto” de eleger o primeiro deputado por Aveiro e apelou à mobilização dos militantes e simpatizantes para tentar ganhar “os escassos votos que faltam”.

“Há quatro anos, a CDU ficou rigorosamente a 1.684 votos de eleger um deputado pelo distrito de Aveiro”, disse Miguel Viegas, considerando que se trata de “uma migalha”, tendo em conta que o distrito tem 640 mil eleitores.