Jerónimo saúda Governo e identifica-se com investimento na ferrovia
Líder do PCP visitou as oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário.
O secretário-geral comunista saudou nesta quinta-feira o Governo socialista pela “inversão da estratégia” e investimento no sector ferroviário dos transportes, após visita às oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), em Santa Apolónia, Lisboa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O secretário-geral comunista saudou nesta quinta-feira o Governo socialista pela “inversão da estratégia” e investimento no sector ferroviário dos transportes, após visita às oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), em Santa Apolónia, Lisboa.
“Esta visita corresponde a uma iniciativa do nosso partido, aqui em Lisboa, visando a valorização e alargamento dos transportes públicos, num quadro em que foram anunciadas pelo Governo algumas medidas com as quais nos identificamos porque, durante muitos anos, fomos nós que assumimos, designadamente a questão da reintegração da EMEF na CP”, disse Jerónimo de Sousa.
O líder do PCP referia-se ao anúncio de há uma semana do ministro das Infra-Estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, de um investimento total de 45 milhões de euros na recuperação de locomotivas e carruagens, a partir de Setembro e até 2022, e do reforço de 187 trabalhadores na CP e na EMEF.
“O desmembramento visava fundamentalmente esse processo de privatização a que se seguiu um processo de degradação do transporte ferroviário e, simultaneamente, o anúncio, também sempre defendido por nós, designadamente em resolução da Assembleia da República, de alargamento do número de trabalhadores. Este anúncio de mais 67 trabalhadores para a EMEF tem grande significado porque permite, pelo menos, no plano imediato dar resposta a problemas mais urgentes com que somos confrontados, tendo em conta o papel de reparação e manutenção”, continuou.
Para o líder comunista, registou-se uma “sangria de centenas e centenas de trabalhadores ferroviários”, pois “basta pensar que desde 2004 até agora foram sacrificados 520 postos de trabalho”.
“O Governo anuncia uma inversão nesta estratégia, nós saudamos. Mas, naturalmente, agora a questão da efectivação dessas medidas anunciadas é fundamental para que o Governo não tenha de pedir desculpas, antes pelo contrário, e acompanhe esta necessidade objectiva de valorização dos transportes públicos”, concluiu.