Pedro Silva Pereira é candidato a um dos cargos de vice-presidente do Parlamento Europeu

É o único português candidato a uma vice-presidência europeia.

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Pedro Silva Pereira Nelson garrido/ Arquivo

Pedro Silva Pereira, eurodeputado socialista e antigo ministro da Presidência durante os governos de José Sócrates, é candidato a um dos 14 lugares de vice-presidente do Parlamento Europeu, confirmou o PÚBLICO junto da assessoria do PS.

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Pedro Silva Pereira, eurodeputado socialista e antigo ministro da Presidência durante os governos de José Sócrates, é candidato a um dos 14 lugares de vice-presidente do Parlamento Europeu, confirmou o PÚBLICO junto da assessoria do PS.

O Parlamento Europeu prepara-se para votar o nome do seu presidente — o italiano David-Maria Sassoli — até às 13h30 desta quarta-feira. A partir das 15h45 (o horário inicial era às 15h, mas foi adiado), inicia-se o processo de votação dos vice-presidentes, que se pode prolongar até às 23h.

Silva Pereira é o único português candidato a uma vice-presidência. O grupo dos Socialistas e Democratas (S&D) pode ocupar até cinco lugares, mas, como já detém a presidência, ficará apenas com quatro vice-presidências. 

De acordo com a carta onde anunciava a sua candidatura aos eurodeputados, a que o PÚBLICO teve acesso, Silva Pereira diz que “não vê a vice-presidência do Parlamento como um mero trabalho burocrático, mas antes uma posição política para defesa do projecto europeu e de uma democracia forte” e que quer ver o papel do Parlamento Europeu fortalecido, para que “a vontade política dos nossos cidadãos possa ser totalmente respeitada”.

Lembrando os cargos que ocupou durante a última legislatura (esteve no comité AFCO sobre assuntos constitucionais, foi membro a ECON sobre assuntos económicos e monetários e DEVE sobre desenvolvimento e foi ainda membro substituto da INTA para o comércio internacional), Silva Pereira afirma ter estado “à frente de vários dossiês sensíveis: a recomposição do Parlamento para esta legislatura, a reforma do mecanismo de estabilidade europeu, os acordos comerciais com o Japão e financiamento para os objectivos do desenvolvimento sustentável, para nomear alguns”.

“Em todas essas difíceis negociações, penso ter mostrado capacidade política de alcançar compromissos, mobilizar toda a gente e avançar com a agenda europeia. Tenho a certeza de que vamos precisar mais disto nos próximos anos”, lê-se na missiva enviada aos membros do Parlamento Europeu.

O eurodeputado foi o número três do PS nas eleições para o Parlamento Europeu, que se realizaram a 26 de Maio de 2019.

Os outros candidatos a vice-presidente apresentados com o apoio do S&D foram Katarina Barley (Alemanha) e Klara Dobrev (Hungria). 

O ALDE (Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa) apresentou como candidatas Nicola Beer (Alemanha) e Dita Charanzová (República Checa). Os nomes dos candidatos a vice-presidente apresentados pelo PPE (Partido Popular Europeu, onde se sentam os eurodeputados eleitos pelo PSD e CDS) são Mairead McGuinness (Irlanda), Rainer Wieland (Alemanha), Ewa B. Kopacz (Polónia), Othmar Karas (Áustria) e Maria Spyraki (Grécia).

Da parte dos Verdes europeus, foi apresentada a candidatura de Heidi Haulatala (Finlândia) e o nome de Marcel Kolaja (República Checa) também foi apontado. Da parte do GUE (Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde, onde se sentam os deputados eleitos pelo Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português), foi apresentada a candidatura de Dimitrios Papadimoulis (Grécia).