A Vida no Campo, de Joel Neto, vence Grande Prémio de Literatura Biográfica
Prémio ao autor açoriano foi atribuído por unanimidade pelo júri constituído pela Associação Portuguesa de Escritores.
O livro A Vida no Campo, de Joel Neto, venceu o Grande Prémio de Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores (APE).
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O livro A Vida no Campo, de Joel Neto, venceu o Grande Prémio de Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores (APE).
“O júri constituído por Artur Anselmo, Cândido Oliveira Martins e Paula Mendes Coelho deliberou, por unanimidade, atribuir este galardão, bienal, ao escritor Joel Neto”, revelou esta quarta-feira a direcção da APE, em comunicado.
A obra, editada em 2016 pela Marcador, foi escolhida entre 51 títulos admitidos a concurso de escritores portugueses, publicados em primeira edição, entre 2016 e 2018, nos domínios da biografia e autobiografia, de memórias e diários.
A Vida no Campo é um relato do autor sobre a sua mudança para o campo, mais concretamente para o lugar de Dois Caminhos, na freguesia da Terra Chã, ilha Terceira, nos Açores, e a experiência de vida que daí resultou – e que foi já levada aos palcos do teatro numa encenação de Luísa Pinto, estreada em Março do corrente ano, em Famalicão.
Ao fim de 20 anos em Lisboa, o escritor decidiu regressar às suas origens açorianas, na companhia da mulher, a tradutora Catarina Ferreira de Almeida, com o objectivo de ali ficar por alguns anos em busca do ambiente de que necessitava para a produção de um romance. Terminado o prazo para o regresso à grande cidade, as opções eram encontrar forma de parar o tempo ou assumir que era ali que queria viver em definitivo.
“Com a família canina formada, jardim e horta bem cuidados, paisagem estonteante e vizinhos amáveis à volta, Joel e Catarina sorriem agora com melancolia e leveza ao pensar em quão serenos serão os anos da maturidade no campo”, lê-se no resumo da obra.
Nascido em 1974, Joel Neto é romancista e colunista, autor de mais de uma dezena de livros, entre os quais Arquipélago, também dedicado aos Açores.
O prémio, no valor de cinco mil euros, tem o patrocínio exclusivo da Câmara Municipal de Castelo Branco e, nas suas cinco últimas edições, já galardoou Diário Quase Completo, de João Bigotte Chorão; Biografia de Eça de Queirós, de A. Campos Matos; Tempo Contado, de J. Rentes de Carvalho; Acta Est Fabula – Memórias I, de Eugénio Lisboa; e Diário da Abuxarda 2007-2014, de Marcello Duarte Mathias.