Há acordo: Ursula Von der Leyen nomeada para a Comissão, Lagarde para o BCE
Se a sua nomeação for aprovada pelo Parlamento Europeu, Ursula Von der Leyen será a primeira mulher a chefiar a Comissão Europeia.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que os líderes dos governos europeus, reunidos em cimeira europeia extraordinária, já chegaram a acordo com os nomes propostos para a próxima liderança das instituições europeias.
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O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que os líderes dos governos europeus, reunidos em cimeira europeia extraordinária, já chegaram a acordo com os nomes propostos para a próxima liderança das instituições europeias.
O nome apontado para a liderança da Comissão Europeia é o de Ursula Von der Leyen (do PPE, Alemanha), em substituição de Jean-Claude Juncker. Se for eleita, terá como vice-presidentes Frans Timmermans (Holanda) e Margrethe Vestager (Dinamarca, actual comissária europeia para a Concorrência).
A nomeação de Von der Leyen, uma aliada próxima da chanceler alemã Angela Merkel, é uma surpresa. Os principais candidatos à liderança da Comissão, entre os quais Frans Timmermans, ficaram pelo caminho durante três dias de negociações.
O candidato a presidente do Conselho Europeu será o primeiro-ministro belga Charles Michel (Liberal). No Parlamento Europeu, Sergei Stanishev (Bulgária, S&D) irá cumprir meio mandato, seguido por Manfred Weber (Alemanha, PPE).
O nome apontado para a presidência do Banco Central Europeu foi Christine Lagarde, que, numa mensagem no Twitter se mostrou “honrada” pela nomeação e decidiu “renunciar temporariamente” às suas “responsabilidades enquanto directora do FMI” durante o período da nomeação.
Se a sua nomeação for aprovada pelo Parlamento Europeu, Ursula Von der Leyen será a primeira mulher a chefiar a Comissão Europeia. Tusk saudou o “perfeito equilíbrio de género” nestas nomeações.
Quem é Ursula von Leyden?
Ursula von der Leyen, 60 anos, é a actual ministra da Defesa alemã. Nos governos de coligação liderados por Angela Merkel já desempenhou outras funções: primeiro, ficou com a pasta da família (em 2009, onde esteve menos de um mês); depois, com a do Trabalho e Assuntos Sociais (no mesmo ano e até 2003).
Em 2013 recebe uma missão mais espinhosa: o Ministério da Defesa. Foi a primeira mulher a assumir este cargo na Alemanha. A sua imagem ficou algo manchada pelo modo como lidou com escândalos no Exército durante o ano passado – nomeadamente quando se tornaram conhecidos os planos de um militar, que orquestrava um atentado com o objectivo de atribuir a culpa a um refugiado.
Ursula von der Leyen é tida como a eterna candidata à sucessão de Merkel, ainda que tenham surgido, entretanto candidatas muito mais bem posicionadas, como Annegret Kramp-Karrenbauer, também ela próxima de Merkel e eleita com entusiasmo secretária-geral da CDU, a segunda posição mais importante no partido.