Um Mescla de artistas e artes até domingo em Viseu
Aos artistas e colectivos radicados na cidade de Viriato, juntam-se ainda a nomes nacionais e internacionais, em diferentes áreas de expressão cultural.
Esculturas de luz e sonoras desafiam o público a uma experiência artística e à descoberta do centro histórico de Viseu. Nos palcos espalhados pela parte antiga da cidade dão-se a conhecer diferentes territórios culturais. O Festival Mescla propõe até domingo mais de 200 espectáculos que vão desde o teatro, ao cinema, passando pela música, literatura e circo.
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Esculturas de luz e sonoras desafiam o público a uma experiência artística e à descoberta do centro histórico de Viseu. Nos palcos espalhados pela parte antiga da cidade dão-se a conhecer diferentes territórios culturais. O Festival Mescla propõe até domingo mais de 200 espectáculos que vão desde o teatro, ao cinema, passando pela música, literatura e circo.
Promovido pelo município de Viseu, o festival assume uma programação que quer “dialogar com a cidade”.
“É uma verdadeira mescla de disciplinas e de artistas de Viseu, do país e do mundo e também de manifestações, de experimentações. É uma viagem, um roteiro, pelo centro histórico”, realça Jorge Sobrado, vereador da Cultura.
As propostas acontecem em 13 espaços do casco velho da cidade, mas estendem-se também à Quinta da Cruz, local dedicado à arte contemporânea. As esculturas sonoras e de luz habitam no interior e no exterior dos edifícios. São, segundo Jorge Sobrado, uma “proposta” para voltar “ao coração antigo da cidade”. “São também uma experiência interactiva e intergeracional. Todas elas contam uma história, dialogam com a cidade e com o seu património”, refere. Já as visitas guiadas aos museus ajudam a descobrir os “elementos identitários” de Viseu.
Nos palcos, a música faz-se de várias sonoridades e línguas. A Cave Story, Noiserv, Solar Corona ou Moullinex juntam-se outros nomes como Surma, Lince ou Sopa de Pedra.
“É uma programação de mão cheia, para todos os públicos, e que faz uma viagem por Portugal, pelas nossas aldeias, mas também pelo mundo”, destaca ainda o vereador.
Segundo Jorge Sobrado, o Mescla, que vê a acontecer esta semana a sua primeira edição, é um festival que existia antes de existir. “Já estava no desígnio do município criar um espaço que fosse de experimentação, de demonstração e de afirmação dos talentos e das dinâmicas culturais de Viseu”, sustentou.
Para o autarca, “Viseu está a viver um momento especialmente vibrante do seu ecossistema artístico, muito relacionado, mas não exclusivamente, pelas dinâmicas abertas pelo programa Viseu Cultura e também pela orientação dada à incubadora do centro histórico para as indústrias culturais”. “É o fruto desse trabalho e de outras dinâmicas que a cidade foi desenvolvendo que estamos a viver um momento especial de apresentação ao país”, sublinhou, tal como frisou na mesa redonda que marcou o arranque do festival sobre “Cultura e Património” e que juntou programadores, criadores e investigadores culturais de Lisboa, Porto e Braga.
O Mescla decorre até 7 de Julho e a programação preenche os dias que ficaram vazios com a interrupção do festival Jardins Efémeros que se realizava há dez anos no centro histórico de Viseu.