A Chanel virou a página, com Virginie Viard ao leme (e uma gigante biblioteca)
O Grand Palais, em Paris, transformou-se numa biblioteca para o desfile de alta costura da Chanel, nesta terça-feira.
Alguns dias após o evento de homenagem a Karl Lagerfeld, o Grand Palais voltou a encher-se, para um desfile da Chanel, durante a semana de apresentações de alta-costura, em Paris. Desta vez, a marca francesa instalou uma biblioteca circular no edifício construído na viragem do século XIX.
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Alguns dias após o evento de homenagem a Karl Lagerfeld, o Grand Palais voltou a encher-se, para um desfile da Chanel, durante a semana de apresentações de alta-costura, em Paris. Desta vez, a marca francesa instalou uma biblioteca circular no edifício construído na viragem do século XIX.
Reflectindo o estilo de bibliotecária, a colecção distinguia-se pelo uso de conjuntos com botões apertados, colarinhos altos e laços pretos. Kaia Gerber desfilou com um coordenado com saia e casaco num tom vivo de coral e branco. Entre os convidados estiveram as actrizes Margot Robbie e Isabelle Huppert.
Os cabelos das modelos, apanhados em baixo faziam lembrar o penteado de sempre de Karl Lagerfeld, que, de acordo com a France 24, era um bibliófilo e terá coleccionado mais de 250 mil edições.
Na homenagem a Karl Lagerfeld, várias figuras lembraram a amplitude dos interesses de Lagerfeld, da moda à política. Tida Swinton leu uma passagem do livro de Virginia Woolf Orlando e a supermodelo Cara Delavigne leu algumas palavras da autora francesa Colette.
O primeiro desfile da Chanel após a morte de Karl Lagerfeld foi logo em Março — poucos dias após a data da sua morte — e terminou com uma despedida emocionada, com algumas das musas do criador, entre elas Kaia Gerber, Cara Delevingne e Penélope Cruz, algo chorosas.
Foi Virginie Viard que tomou as rédeas da marca em Fevereiro, regressando a maison de Coco Chanel às mãos de uma mulher. Viard já desempenhava um papel importante nas colecções da marca e chegou a agradecer no final de um desfile ao lado de Lagerfeld (e também na sua ausência), mas, desta vez, trata-se da primeira colecção inteiramente assinada pela criadora francesa, que preferiu não falar aos jornalistas.