O que contêm os cigarros electrónicos?

Trata-se de dispositivos potentes que podem fornecer nicotina em doses semelhantes ou até superiores às do cigarro convencional

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Os avisos nas embalagens com concentrado de aromas, nos escritórios de uma empresa britânica de cigarros electrónicos REUTERS/Phil Noble

Os cigarros electrónicos são sistemas electrónicos de fornecimento de nicotina, propilenoglicol e/ou glicerina e “aromas” (estão disponíveis mais de 8000 tipos), água, álcool e outras substâncias que são vaporizadas e inaladas para os pulmões, resume o artigo publicado recentemente na Acta Médica Portuguesa com o título O médico, o doente fumador e o desafio dos cigarros electrónicos. Numa breve explicação, os especialistas (a maioria pneumologistas) avisam que “os cigarros electrónicos de última geração são dispositivos muito potentes, capazes de fornecer nicotina em doses semelhantes, ou até superiores, às do cigarro convencional”. As concentrações de nicotina nos e-líquidos variam de três a 50 miligramas por mililitro, existindo também líquidos sem nicotina, nota-se.

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Os cigarros electrónicos são sistemas electrónicos de fornecimento de nicotina, propilenoglicol e/ou glicerina e “aromas” (estão disponíveis mais de 8000 tipos), água, álcool e outras substâncias que são vaporizadas e inaladas para os pulmões, resume o artigo publicado recentemente na Acta Médica Portuguesa com o título O médico, o doente fumador e o desafio dos cigarros electrónicos. Numa breve explicação, os especialistas (a maioria pneumologistas) avisam que “os cigarros electrónicos de última geração são dispositivos muito potentes, capazes de fornecer nicotina em doses semelhantes, ou até superiores, às do cigarro convencional”. As concentrações de nicotina nos e-líquidos variam de três a 50 miligramas por mililitro, existindo também líquidos sem nicotina, nota-se.

No artigo explica-se ainda que a a nicotina que está no e-líquido é extraída do tabaco e, dependendo do seu grau de purificação, pode conter outras substâncias, como as nitrosaminas que são compostos cancerígenos. O mesmo vale para o tabaco convencional. Os aromas que são explorados de uma forma sem precedentes nos cigarros electrónicos marcam uma diferença e podem ser conseguidos através de uma “mistura complexa de produtos químicos, podendo incluir aldeídos, diacetil, acetil propionil e acetona”. Os especialistas concluem: “Apesar de os cigarros electrónicos não produzirem monóxido de carbono nem muitos outros produtos tóxicos existentes no cigarro convencional, a altas temperaturas e com inalações frequentes o propilenoglicol (inexistente no cigarro convencional) e a glicerina vegetal sofrem degradação térmica formando acetaldeído, formaldeído, acroleína e outros carbonilos potencialmente tóxicos.”