Desbloqueio de 4 milhões de euros para Hospital das Forças Armadas foi resolvido

João Gomes Cravinho declarou que “não falta dinheiro, falta apenas encontrar uma solução para uma questão jurídico-financeira”. O problema ficou resolvido esta quinta-feira.

Foto
Rui Gaudêncio (arquivo)

A situação envolvendo o desbloqueio de quatro milhões de euros para o Hospital das Forças Armadas (HFAR) “está resolvida” desde quinta-feira, disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças. “A situação está resolvida desde ontem”, sem adiantar pormenores sobre o desbloqueio da verba.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A situação envolvendo o desbloqueio de quatro milhões de euros para o Hospital das Forças Armadas (HFAR) “está resolvida” desde quinta-feira, disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças. “A situação está resolvida desde ontem”, sem adiantar pormenores sobre o desbloqueio da verba.

O ministro da Defesa tinha afirmado na quinta-feira, em Bruxelas, que aguardava com “alguma urgência” que o Ministério das Finanças desbloqueasse quatro milhões de euros para o Hospital das Forças Armadas (HFAR), acreditando que a solução ainda fosse encontrada nesse mesmo dia.

Em declarações à imprensa à margem de uma reunião de ministros da Defesa da NATO, João Gomes Cravinho, que reagia, assim, à notícia do Correio da Manhã sobre os problemas de financiamento do Hospital Militar, confirmou que espera desde Janeiro que as Finanças afectem uma verba de mais de 4 milhões de euros.

O ministro declarou que situação não se podia prolongar, mas sublinhou que “não falta dinheiro, falta apenas encontrar uma solução para uma questão jurídico-financeira” que o Ministério das Finanças “tem mostrado disponibilidade” em resolver.

Dos 4,2 milhões de euros, foram transferidos menos de 400 mil euros, adiantava o Correio da Manhã, que cita uma resposta escrita dada aquele jornal pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

“O que acontece é que estamos em negociações com as Finanças para a aprovação de um despacho meu, de Janeiro, que faz uma afectação de verbas de cerca de 4 milhões, um pouco mais de 4 milhões de euros, do Exército, da Força Aérea e da Marinha para a chamada saúde assistencial de cada um dos ramos e da família militar, e tem havido algumas dificuldades na aprovação desse despacho por parte das Finanças”, começou por referir, apontando que se trata de problemas relacionados com “questões muito técnicas”.

Revelando que tinha uma chamada “da parte do secretário de Estado do Orçamento”, com quem ainda não tinha tido oportunidade de falar, devido às reuniões na Aliança Atlântica, o ministro da Defesa comentou que o telefonema “seguramente terá a ver com isso” e admitiu esperar boas notícias.

“Eu suponho que haverá uma identificação de uma questão técnica, porque há questões muito técnicas, questões-jurídico financeiras a resolver. Mas não falta dinheiro, falta apenas encontrar uma solução para uma questão jurídico-financeira, que está do lado do Ministério das Finanças, e o Ministério das Finanças tem mostrado disponibilidade em encontrar uma solução”, disse na ocasião.

Sublinhando que a falta de financiamento não teve efeitos graves -- “ninguém deixou de ser atendido no HFAR, nenhum medicamento deixou de ser distribuído” -, o ministro reiterou, todavia, que é uma questão “que tem agora alguma urgência”.