CDS quer formação profissional mais “adequada à procura que existe”
Alterar o Catálogo Nacional das Qualificações, publicitar a empregabilidade dos cursos e apostar na economia digital são medidas propostas pelos centristas.
Trazer a formação profissional para o século XXI é a nova proposta do programa eleitoral do CDS. Com a indústria portuguesa “a dizer que falta mão-de-obra qualificada”, Adolfo Mesquita Nunes, coordenador do programa eleitoral do partido, admite que a formação profissional “não está adequada à procura que existe”.
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Trazer a formação profissional para o século XXI é a nova proposta do programa eleitoral do CDS. Com a indústria portuguesa “a dizer que falta mão-de-obra qualificada”, Adolfo Mesquita Nunes, coordenador do programa eleitoral do partido, admite que a formação profissional “não está adequada à procura que existe”.
Da proposta fazem parte um conjunto de medidas que o CDS quer ver alteradas. Actualizar o Catálogo Nacional das Qualificações é uma delas. É preciso “adequar” as matérias “que estão a ser leccionadas” na formação profissional às “necessidades das indústrias exportadoras”. Sem esta actualização, o sistema continua "a formar pessoas para o passado”, lê-se na proposta.
Publicitar a empregabilidade dos cursos e dos centros de formação é igualmente importante. “Se o financiamento da formação for associado à sua empregabilidade, os centros de formação vão apostar na empregabilidade, e não propriamente no número de cursos que oferecem”, explica Adolfo Mesquita Nunes, que espera conseguir um “ajuste mais rápido” da oferta de formação à procura. Neste âmbito, o CDS propõe ainda a criação de um ranking, que dê aos trabalhadores uma noção dos cursos com maior e menor empregabilidade, essencial “para que os trabalhadores possam fazer escolhas mais informadas”.
Criar uma “modalidade de formação específica para a economia digital” é necessário. “A economia digital está aí”, garante o coordenador do programa do CDS. “Se não dermos formação profissional às pessoas nesta matéria, a perda de formações acontece cá e a criação de novas funções acontece no estrangeiro.”
Apostar nos centros de formação protocolares e “replicar um modelo que está a correr bem” é outra das medidas. “A formação deve fazer-se nesses centros, de grande envolvimento empresarial”, diz a proposta.
Para Adolfo Mesquita Nunes, “ultrapassar o modelo de formação profissional” de que o país dispõe na actualidade “e torná-lo mais adequado às necessidades da economia” é o objectivo primordial da proposta que o CDS levará às eleições legislativas.