EMEL diz que estacionamento em cima de passeio foi pedido pela Junta de Freguesia de Campolide

A empresa de mobilidade e estacionamento de Lisboa diz que a solução foi encomendada pela Junta de Freguesia de Campolide e tem o aval da Câmara Municipal de Lisboa.

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Um conjunto de ruas na zona de Campolide, em Lisboa, está a permitir o estacionamento pago em cima do passeio. A decisão foi tomada pela Junta de Freguesia de Campolide e autorizada pela Câmara Municipal de Lisboa, informou ao PÚBLICO a EMEL, a empresa sob a tutela municipal. Em causa estão as queixas dos moradores, que pedem mais lugares de estacionamento para a zona.

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Um conjunto de ruas na zona de Campolide, em Lisboa, está a permitir o estacionamento pago em cima do passeio. A decisão foi tomada pela Junta de Freguesia de Campolide e autorizada pela Câmara Municipal de Lisboa, informou ao PÚBLICO a EMEL, a empresa sob a tutela municipal. Em causa estão as queixas dos moradores, que pedem mais lugares de estacionamento para a zona.

Na mesma resposta enviada ao PÚBLICO, a EMEL diz ainda que a solução teve “o intuito de resolver a pressão do estacionamento na zona” e que os lugares de estacionamento pagos em cima do passeio “pretendem ser provisórios”.

O município, afirma em resposta às questões enviadas pelo PÚBLICO, que a decisão foi tomada depois de uma “reunião participativa que envolveu a Junta de Freguesia de Campolide e a EMEL”. A “solução temporária”, como se lhe referem, resultou do desfecho dessa reunião e “ficará resolvida nos próximos meses”. A autarquia detalha ainda que “o estacionamento de veículos ocupando parcialmente o passeio em Campolide é uma situação transitória e temporária, limitada apenas a quatro ruas de Campolide”.

Tendo em conta a extensão do problema, além da construção de um parque para moradores, a junta de freguesia irá “iniciar, já em Julho, trabalhos para requalificar e em alguns casos aumentar os passeios da zona”. A câmara considera, pois, que “a situação do estacionamento era mais grave em Campolide, antes da entrada da EMEL na freguesia, porque os passeios eram ocupados (pelos carros) na totalidade”. “A introdução temporária dos pilaretes a delimitar o espaço para peões foi feita com recurso a medições, garantindo sempre um mínimo de 90 centímetros, para permitir a passagem de cadeiras de rodas”, assegura o gabinete de comunicação do município. “Qualquer medição errada ou que não respeite esse espaço mínimo será revertida”.

No Facebook, André Couto, presidente da junta de Campolide, escreveu que a parceria entre a junta e o município tem dado resposta à problemática do estacionamento. “Os passeios onde antes havia carros estão hoje livres ou delimitados por pilaretes, que garantem a faixa de circulação regulamentar a todos os peões, incluindo pessoas com mobilidade reduzida. As intervenções que temos feito em cada rua, uma após outra, encarregam-se de normalizar tudo. Enquanto isso não acontece, e fruto de uma reunião participada com os Vizinhos e Vizinhas, JFC, EMEL e CML, construiu-se uma solução temporária, para algumas ruas, em que um passeio está totalmente livre e outro é partilhado entre peões e um rodado dos veículos. Foi a solução desejada pela população para que os lugares de estacionamento não fossem reduzidos a metade, numa zona sem qualquer parque de estacionamento”.

Esta é uma situação que ocorre também há algum tempo na Avenida Almirante Gago Coutinho, em Lisboa. Em 2016, a autarquia autorizou o estacionamento em cima do passeio devido à falta de lugares de estacionamento, mas tudo se mantém na mesma até hoje.