GNR desmantelou fábrica ilegal de tabaco e deteve 13 pessoas
Operação envolveu a Europol e autoridades polacas. Foi apreendido tabaco suficiente para comercializar 64 milhões de cigarros.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) desmantelou uma fábrica ilegal de produção massificada de tabaco em Loulé. Na operação, inédita em Portugal, realizada nesta terça-feira, em conjunto com a Europol e autoridades polacas, foram detidas 13 pessoas.
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A Guarda Nacional Republicana (GNR) desmantelou uma fábrica ilegal de produção massificada de tabaco em Loulé. Na operação, inédita em Portugal, realizada nesta terça-feira, em conjunto com a Europol e autoridades polacas, foram detidas 13 pessoas.
Entre os detidos estão 12 homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 30 e os 65 anos, e de nacionalidades polaca, ucraniana, romena, russa e portuguesa.
Na Operação Dynamo, as autoridades apreenderam “tabaco suficiente para introduzir no consumo cerca de 64 milhões de cigarros”, explica a GNR em comunicado.
Entre as apreensões estão mais de 15 milhões de cigarros, 17 toneladas de folha de tabaco, 14 toneladas de tabaco triturado, cinco máquinas utilizadas na trituração de folha de tabaco, manufactura e acondicionamento do tabaco, diversas matérias utilizadas na produção dos cigarros, como filtros, colas e caixas para embalar tabaco, seis viaturas ligeiras e uma arma de fogo.
Foram realizadas sete buscas domiciliárias, uma busca à fábrica ilegal de produção de tabaco e uma busca ao armazém onde era depositada toda a produção.
A fraude e a evasão fiscal referentes à produção e comercialização do tabaco, em Portugal e nos restantes países da União Europeia, deveriam superar os 9,6 milhões de euros.
A investigação decorre há cerca de meio ano e tem como objectivo investigar uma organização criminosa internacional de produção e comercialização ilegal de tabaco. A operação envolveu cem militares, da Unidade de Acção Fiscal, da Unidade de Intervenção e dos Comandos Territoriais de Beja, Évora, Faro, Portalegre e Santarém.
Além destas detenções, foram constituídos arguidos dois cidadãos gregos suspeitos de integrarem o grupo criminoso, sendo que um deles “tinha um alerta internacional para efeitos de detenção e entrega ou extradição, através do sistema Schengen”.
Os detidos foram presentes no Tribunal de Faro, na manhã desta quarta-feira, para primeiro interrogatório judicial e aplicação de medidas de coacção.