Angra Iate Clube organiza em 2020 o Campeonato de Portugal de Cruzeiros
No ano em que comemora as bodas de prata e irá realizar a 25.ª Angra Bay Cup, o clube da Terceira, nos Açores, vai receber em meados de Julho um “grande evento nacional”.
Pelo 24.º ano consecutivo, a baía de Angra do Heroísmo recebeu a Angra Bay Cup - “8 aos ilhéus”, um dos pontos altos das festas Sanjoaninas na ilha Terceira, nos Açores, e apesar de o forte vento ter levado a que sete das 42 embarcações inscritas não tenham iniciado as cerca de 12 milhas náuticas no campo de regatas entre Angra e o Ilhéu dos Fradinhos, a prova “decorreu dentro das expectativas” e voltou a virar a cidade, classificada como Património Mundial pela UNESCO, para o mar. No próximo ano, o Angra Iate Clube terá a seu cargo a responsabilidade de organizar o Campeonato de Portugal de Cruzeiros ORC.
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Pelo 24.º ano consecutivo, a baía de Angra do Heroísmo recebeu a Angra Bay Cup - “8 aos ilhéus”, um dos pontos altos das festas Sanjoaninas na ilha Terceira, nos Açores, e apesar de o forte vento ter levado a que sete das 42 embarcações inscritas não tenham iniciado as cerca de 12 milhas náuticas no campo de regatas entre Angra e o Ilhéu dos Fradinhos, a prova “decorreu dentro das expectativas” e voltou a virar a cidade, classificada como Património Mundial pela UNESCO, para o mar. No próximo ano, o Angra Iate Clube terá a seu cargo a responsabilidade de organizar o Campeonato de Portugal de Cruzeiros ORC.
Apesar do vento de noroeste constante entre os 10 e os 15 nós, com rajadas superiores aos 20 nós, a prova, que com contou com barcos portugueses, franceses, holandeses e norte-americanos, decorreu praticamente sem incidentes e teve como vencedores o Yermad (classe A), o Picollo (classe B) e o Aphrodite (classe Open).
No final da regata, Augusto Silva, presidente do Angra Iate Clube, afirmou ao PÚBLICO que a Angra Bay Cup - “8 aos ilhéus” decorreu “dentro das expectativas”, embora o “forte vento que se fazia sentir no momento da largada” tenha provocado algumas baixas na frota inicialmente prevista: “Sete das 42 embarcações inscritas acabaram por não sair com receio de terem alguns prejuízos com avarias.”
Cumprindo com sucesso a organização de uma “regata diferente, com alguma magia”, Augusto Silva aponta já a mira em direcção ao próximo ano, “uma data histórica” para o Angra Iate Clube. Em 2020, o clube náutico e a prova idealizada por Manuel Ponte vão cumprir o seu 25.º aniversário e o objectivo será “fazer uma grande regata com a presença de ainda mais skippers, incluindo estrangeiros que aderem muito bem e saem deslumbrados com o convívio no final”.
Porém, a fasquia para o Angra Iate Clube será elevada com um novo “desafio”. No final da 24.ª edição da Angra Bay Cup, Augusto Silva anunciou que em 2020 o Campeonato de Portugal de Cruzeiros ORC, que este ano terá lugar no Porto Santo e na Madeira, será nos Açores.
“É um grande evento nacional e tentaremos fazer tudo por tudo para que corra tudo bem para que o ORC nos Açores volte a estar no auge. Será a meio de Julho, mas ainda faltam acertar alguns pormenores. Serão pelo menos quatro provas e gostávamos de enquadrar a regata com a Atlantis Cup, que começa no final do Julho”, afirmou ao PÚBLICO Augusto Silva.
Sobre o percurso da competição, o terceirense revelou que o “Angra Iate Clube tem vários percursos estudados”, adiantando ainda que irá sugerir “uma regata entre Angra e a Praia da Vitória e vice-versa, alguns windshores na baia de Angra e uma outra entre Angra e a Graciosa, que seria a mais longa. Essas são propostas e a Federação Portuguesa de Vela irá estudá-las”.
Para além da 25.ª edição da Angra Bay Cup e de organizar o Campeonato de Portugal de Cruzeiros ORC, o clube náutico de Angra do Heroísmo vai também receber “uma regata internacional, que sairá de Concarneau, em França, e passará durante três dias pela Terceira”.
“Com esses eventos, necessitamos que as entidades oficiais nos olhem de outra maneira e apoiem mais o Agra Iate Clube. Sem esses apoios, é difícil se consegue fazer eventos desta grandeza na Ilha Terceira e o nosso objectivo é virar Angra para o mar. Durante alguns anos a cidade esteve de costas viradas para o mar e estamos a conseguir, com as nossas modalidades de vela, canoagem, jetski e natação, inverter isso. Mas, para estarmos a virar Angra para o mar, necessitamos de mais alguns apoios. Não estou a dizer que não temos tido apoios, mas serão necessários maiores. Já demos provas nos últimos anos que tudo estamos a fazer para dar uma volta a Angra”, conclui Augusto Silva.