Frances Morris: “O encontro de cada um com a arte é agora, não é na história”
A directora da Tate Modern, que esteve em Serralves para falar da obra de Susan Hiller, tem marcado a filosofia de exposição do museu londrino pelo modo como dispensa a cronologia, misturando artistas e obras de diversos períodos.
Quando foi nomeada directora da Tate Modern, em Janeiro de 2106, Frances Morris tornou-se não apenas na primeira mulher a liderar o mais importante museu londrino de arte moderna e contemporânea, mas também o primeiro cidadão britânico a ocupar o cargo, sucedendo ao sueco Lars Nittve, ao espanhol Vicente Todolí e ao belga Chris Dercon. Como ela própria notará nesta conversa que manteve com o PÚBLICO em Serralves – onde esteve na semana passada para falar da obra da recém-desaparecida artista americana Susan Hiller –, num momento em que as direcções dos grandes museus estão cada vez mais concentradas num conjunto de curadores internacionais de prestígio, que vão saltitando de um lugar para outro, a sua escolha representa “o exacto oposto” dessa tendência. Mas as instituições, diz, tanto precisam de “sangue novo”, vindo de fora, como de alguém como ela, “com memória institucional”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Quando foi nomeada directora da Tate Modern, em Janeiro de 2106, Frances Morris tornou-se não apenas na primeira mulher a liderar o mais importante museu londrino de arte moderna e contemporânea, mas também o primeiro cidadão britânico a ocupar o cargo, sucedendo ao sueco Lars Nittve, ao espanhol Vicente Todolí e ao belga Chris Dercon. Como ela própria notará nesta conversa que manteve com o PÚBLICO em Serralves – onde esteve na semana passada para falar da obra da recém-desaparecida artista americana Susan Hiller –, num momento em que as direcções dos grandes museus estão cada vez mais concentradas num conjunto de curadores internacionais de prestígio, que vão saltitando de um lugar para outro, a sua escolha representa “o exacto oposto” dessa tendência. Mas as instituições, diz, tanto precisam de “sangue novo”, vindo de fora, como de alguém como ela, “com memória institucional”.