1. Não seria o melhor momento para os líderes europeus oferecerem publicamente mais um triste espectáculo de desunião em torno das questões que estavam na agenda da cimeira que terminou na sexta-feira, em Bruxelas. Escolher quem vai liderar as principais instituições europeias nunca é tarefa fácil. É preciso encontrar equilíbrios de natureza vária – desde os políticos aos geográficos, passando pela distribuição entre “grandes” e pequenos. É necessário, como sempre na União Europeia, um espírito de cooperação que permita encontrar soluções aceitáveis por todos. E é preciso, obviamente, que os dois extremos do eixo Paris-Berlim, sobre o qual a integração roda melhor ou pior, se consigam entender. Qualquer um destes ingredientes está em falta nos dias de hoje. Aquele que provocou mais danos, impossibilitando um entendimento em torno da distribuição dos cargos, foi o último: Merkel e Macron, pura e simplesmente, não se entendem.
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1. Não seria o melhor momento para os líderes europeus oferecerem publicamente mais um triste espectáculo de desunião em torno das questões que estavam na agenda da cimeira que terminou na sexta-feira, em Bruxelas. Escolher quem vai liderar as principais instituições europeias nunca é tarefa fácil. É preciso encontrar equilíbrios de natureza vária – desde os políticos aos geográficos, passando pela distribuição entre “grandes” e pequenos. É necessário, como sempre na União Europeia, um espírito de cooperação que permita encontrar soluções aceitáveis por todos. E é preciso, obviamente, que os dois extremos do eixo Paris-Berlim, sobre o qual a integração roda melhor ou pior, se consigam entender. Qualquer um destes ingredientes está em falta nos dias de hoje. Aquele que provocou mais danos, impossibilitando um entendimento em torno da distribuição dos cargos, foi o último: Merkel e Macron, pura e simplesmente, não se entendem.