Obstetrícia em Lisboa: uma semana para a decisão final, diz Governo
O secretário de Estado da Saúde frisou que a intenção do Governo é de que “pelo menos em três dessas quatro maternidades a urgência externa esteja plenamente a funcionar”. Ou seja, uma não estará aberta ao exterior.
O Governo disse esta sexta-feira que se terá de esperar uma semana pelo trabalho técnico de organização de serviços que a Administração Regional de Saúde e os hospitais de Lisboa estão a fazer sobre as urgências de obstetrícia em Lisboa no Verão e voltou a referir que o plano que continua em cima da mesa é o de que pelo menos três em quatro destas maternidades [Maternidade Alfredo da Costa, Hospital de Santa Maria, S. Francisco Xavier e Amadora-Sintra] estão em pleno funcionamento. Uma delas terá condicionamentos no serviço de urgência que ficará encerrado ao exterior, tal como avançou o PÚBLICO.
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O Governo disse esta sexta-feira que se terá de esperar uma semana pelo trabalho técnico de organização de serviços que a Administração Regional de Saúde e os hospitais de Lisboa estão a fazer sobre as urgências de obstetrícia em Lisboa no Verão e voltou a referir que o plano que continua em cima da mesa é o de que pelo menos três em quatro destas maternidades [Maternidade Alfredo da Costa, Hospital de Santa Maria, S. Francisco Xavier e Amadora-Sintra] estão em pleno funcionamento. Uma delas terá condicionamentos no serviço de urgência que ficará encerrado ao exterior, tal como avançou o PÚBLICO.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, falava aos jornalistas nos Passos Perdidos do parlamento, à saída de uma interpelação do PCP ao Governo, durante a qual já tinha afirmado que não está previsto o encerramento de maternidades em Lisboa.
“Como é que reorganizaremos, como é que organizaremos os serviços para dar a melhor resposta que os portugueses estão habituados na área de saúde materno-infantil? Pois essa é uma questão que provavelmente vamos ter que esperar uma semana para que a ARS Lisboa, os hospitais façam o seu trabalho e a garantia que damos também é que assim que houver decisões essas serão comunicadas a toda a população para que não haja surpresas”, assegurou.
De acordo com o governante, “os trabalhos estão a decorrer” e “ainda de manhã” falou com o presidente da ARS de Lisboa que lhe disse que “hoje vai haver uma reunião e na próxima semana, segunda ou terça-feira, nova reunião”.
“Naturalmente tem que ser trabalhado o mais rapidamente possível”, assumiu.
Francisco Ramos garantiu que todos os “esclarecimentos serão dados”, mas que neste momento o que está a ser trabalhado por todos os responsáveis “é de facto uma articulação no verão, com o período de férias e as dificuldades conhecidas, com o INEM”, sendo o objectivo que “pelo menos em três dessas quatro maternidades a urgência externa esteja plenamente a funcionar”.
“Para já, neste momento, na Grande Lisboa não haverá nenhum encerramento de maternidade, não haverá nenhuma situação em que seja posto em causa o acesso”, insistiu, remetendo para o trabalho técnico que está a ser feito.
O governante confirmou assim que uma em quatro destas maternidades vai fazer um esquema rotativo durante os meses de Verão onde os serviços de urgência de obstetrícia não vão estar abertos ao público, tal como foi noticiado pelo jornal PÚBLICO. Nunca se colocou em questão o encerramento de todos os serviços das maternidades.
“E portanto é esse trabalho que está a ser feito. O Governo, neste momento, que garantias é que dá: não haverá nenhum encerramento de nenhuma maternidade em nenhum mês de Verão na Grande Lisboa”, reiterou.